A cidade cresceu e chegou ao território dela. Não sabemos bem qual é a ordem correta: ou a Alice estava no lugar errado ou a cidade não deveria ocupar território alheio. Algumas coisas não podem ser evitadas.

O fato é que esta moça, que chamaremos de Alice Mariana (se fosse macho seria chamada de Diego Daniel), acidentou-se em centro urbano, foi resgatada por alguém que se sensibilizou com aquele animal magestoso em situação de risco e a entregou ao IBAMA.

Em casos assim, o procedimento padrão é recuperá-la e soltá-la o mais rápido possível, de preferência em um lugar bem distante de onde foi resgatada.

Com a inauguração do santuário, tivemos o privilégio de receber a moça. Quando a caixa de transporte foi aberta, ela estava claramente assustada e nem fez menção de sair.

Coruja 1

Precisou de uma ajudinha. Ela pisou na terra e olhou a caixa de transporte. Em seguida, voou para um arbusto próximo, onde ficou por alguns minutos, recuperando o fôlego perdido na viagem.

A asa caída era um sinal claro de estresse.

Pelo menos uns 10 minutos de descanso, olhando com desconfiança para quem se atrevia a apreciá-la.

Depois que se recuperou, olhou em outra direção e buscou um vôo um pouco mais longo.

Coruja 4

Outra árvore, um pouco mais alta mas, ainda assim, não tão distante de nossas câmeras.

De lá, mais alguns minutos de descanso e novo vôo, dessa vez para o interior da mata.

Ela está anilhada e registrada no IBAMA. Que essa segunda chance a ensine e se manter longe das cidades.

Nossa parte é manter a cidade longe do novo território que destinamos pra ela.

FVS 3

IBAMA IEF FVS

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