As primeiras notícias falavam de 5 lobinhos que estavam vivendo em uma clínica veterinária, lutando contra a vida.
Haviam sido resgatados em um lugar muito precário, em péssimas condições de saúde e higiene.
Precisavam de adotantes urgentes para deixarem a clínica, que nunca é um ambiente seguro para filhotes tão novinhos.
Mesmo assim, ainda precisariam de cuidados depois da adoção. Isso muda um pouco as coisas. Tecnicamente, não é uma adoção, mas sim um resgate.
Algumas pessoas atenderam ao apelo e deram aos 5 lobinhos uma nova chance. Infelizmente, três deles não resistiram e deixaram a vida. As condições eram as piores possíveis e as chances muito reduzidas.
Dias após a adoção, ou melhor, o resgate, Thor já podia contar com a mais dedicada família que a vida poderia lhe dar.
Não faz muito tempo que eles foram doados. Eles nasceram no dia 03 de maio de 2016 e a adoção foi bem precoce. Com aproximadamente dois meses e meio de vida, já é possível afirmar que o pequenino Thor venceu a luta.
E junto com as fotos recentes, recebemos também o depoimento do Erick, adotante do pequeno e arteiro Thor.
Depoimento:
“Quando vimos o anúncio, nos sensibilizamos com a história do Thor e de seus irmãos. Após todo o processo de adoção, no dia em que ele chegou aqui em casa, a protetora dele nos relatou que apenas ele e a irmã haviam sobrevivido. Os outros filhotes, devido às condições em que foram encontrados, infelizmente faleceram.
Assim que ele chegou, fomos direto ao veterinário, pois havia ainda muito a se fazer. A luta pela vida continuou aqui em nossa casa, mas não faltou tratamento adequado e nem carinho e afeto.
O tratamento foi lento e doído pra ele, mas ele se recuperou e foi se adaptando ao novo lar. Está cada dia mais crescido e saudável. Ainda apresenta alguns probleminhas devido à situação em que nasceu, mas que estão sendo vencidos. As pequenas feridinhas já estão quase curadas.
Posteriormente postarei mais fotos dele.”
ATUALIZANDO: O Thor ganhou um irmãozinho. Depois de se despedir dos irmãos, de forma tão trágica, a vida se encarregou de colocar no caminho dele outro lobinho. Boris é o nome do rapaz.
Pelo focinho deles, o bicho deve estar pegando por lá.
UMA TRISTE DESPEDIDA.
Talvez tenha sido precoce dizer que o Thor venceu a luta. Ele tinha a saúde frágil e não demorou muito para que as atrocidades que viveu cobrasse seu preço.
Acreditamos que o mais importante no processo evolutivo dessas criaturas não é o tempo em que passam conosco, mas a qualidade desse tempo. E com o Thor foi assim. Sua história foi curta, mas teve qualidade.
Deixaremos a narrativa final para Erick e Roberta, os pais que a vida escolheu para o menino.
“Thor.
Você chegou e sem cerimônias ocupou o seu reinado. Logo se deitou na caminha que o aguardava e já marcou seu território. Conheceu sua casa nova e sua nova família.
Com o tempo, foi se habituando e nos ensinando a cuidar de você. Nas primeiras noites, queria atenção até pelas madrugadas afora. Tínhamos que acordar de hora em hora para ficar com você. Que bom!
A cada dia que passava, nós aprendíamos a te amar cada vez mais e você retribuía este amor com carinho, mordidas e latidos.
Pouco tempo depois, ganhou um irmãozinho e demonstrou que era carinhoso, mas que quem mandava na casa era você. Houve algumas brigas, rosnados, mas também houve muito carinho e cuidados mútuos.
Com o tempo você nos revelou que infelizmente nem tudo estava perfeito. Você foi ficando doentinho e a cada situação ruim que superava, outra coisa aparecia. Lutou como um verdadeiro guerreiro e a sua bravura nos fazia ter a certeza de que superaria quaisquer adversidades.
Os meses se passaram e você foi ficando magrinho, triste e, muitas vezes, sem forças nem para comer. Mesmo assim, com muita dedicação e paciência, cuidávamos de você, que resistia com bravura.
Foram muitas visitas ao veterinário e muitos medicamentos. Alguns amargos outros doces. Algumas agulhadas que doíam não só em você, mas em nós também ao ver as suas dores e sofrimentos.
Por fim, as suas forças foram se esvaindo e a diabetes te venceu. Você partiu praticamente em meus braços e a sua perda foi a pior dor do mundo para mim, que acreditava te ver envelhecendo ao nosso lado.
Foram 4 meses de vida e 3 meses conosco e este tempo nunca mais será esquecido. A saudade será para sempre, mas a certeza de que um dia nos encontraremos novamente nos dá forças para seguir em frente.
Você agora está junto do criador e sem dor nem sofrimento. Está descansando em paz.
Obrigado, filho, por cada momento.
Erick e Roberta”
Erick Tintin: sderickt14@yahoo.com.br
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