Ele não tem nome.
Na verdade, não tem nem mesmo o respeito de quem o socorreu. Quem o atropelou somente o resgatou para não ser linchado na rua mesmo.
Está sendo medicado com analgésico e antiinflamatório mas, assim que estiver conseguindo andar novamente, será devolvido para a rua, no mesmo local onde foi atropelado.
Esta semana, ao levar outra lobinha para a clínica, eu fui apresentado ao garoto.
Assim que o vi deitado, ele ficou me olhando, com os olhos mais tristes que já vi. Parecia sentir muita dor.
Depois se levantou e veio a mim, mancando, como se tentasse me mostrar a patinha ferida.
Eu apenas tentava fotografá-lo. Assim que percebeu que eu não poderia tirar-lhe a dor, ele voltou a deitar, indicando que não está conseguindo nem mesmo se movimentar. Contorcia-se no chão mesmo. Pra mim, aquela foi a forma encontrada pra dizer que não suportava mais as dores.
Depois, como último recurso, buscou ajuda ao céu.
Este mesticinho de Pequinês, pequeno porte e muito bonzinho precisava de tudo.
Alguém viu o anúncio e decidiu dar a ele uma chance diferente. Ele foi adotado pelo Robert e Patrícia, que já tinham outros três lobinhos em casa mas acharam que poderiam dar ao garoto uma nova vida.
A primeira providência seria escolher pra ele um belo nome. Foi Thor, Lupy e agora, talvez definitivamente, Scooby. Isso é o menos importante. Ele agora está tendo a assistência que merecia.
Vamos aguardar a recuperação dele pra postar aqui as fotos do “final feliz”.
Um resgate de Robert e Patrícia: http://www.facebook.com/robert.hebertm
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