Será que alguém já parou pra analisar uma pescaria, sob outras óticas?
Um animal em seu habitat, atraído com a promessa de comida, sendo surpreendido com algo implantado ali para conduzi-lo à força, até a morte.
Repteis não são mais ou menos importantes que os peixes, ou que as aves e mamíferos. A crueldade é a mesma, independente da espécie (Classe) ou das técnicas de captura e abate.
Mas aqui a história é de uma família de cágados de barbicha, vítimas desse desastroso encontro com a espécie mais destrutiva do Planeta.
Alf foi capturado com um anzol e levado a uma clínica, porque seu algoz não teve coragem sequer de tentar retirar o instrumento.
Poderia ter se recuperado sozinho, depois de retirado o anzol. A ferida teria cicatrizado e ele seguiria seu curso.
Mas também poderia infeccionar, levando-o à morte de uma forma bem triste e doída.
Então, o melhor foi trata-lo em cativeiro pra depois libertá-lo, já livre das dores e com as feridas cicatrizadas e fora do risco de infecção.
A recuperação foi rápida e, quando libertado, estava pronto pra ganhar o mundo, num lago onde os anzóis não entram.
Alf é um espécime grande e forte. No mesmo local da soltura, outros de sua espécie o esperavam.
De qualquer forma, ele não chegou ali sozinho. Juca Bala e Sarita, vítimas do mesmo encontro com pescadores, também foram soltas.
Elas se refugiaram na água com pressa. Queriam deixar o passado pra trás e virar logo aquela página.
Repteis são muito instintivos e se adaptam muito rápido ao ambiente natural. Vieram ao mundo com os atributos pra viver ali e, nem o cativeiro, nem a covardia humana, retiram deles esse conhecimento primitivo.
Por último, Pirilampo, o menorzinho da turma. Ele não tinha tamanho nem mesmo para cair em um anzol. O encontro desastroso dele foi com um cão, que partiu sua carapaça.
Ele foi operado e as partes danificadas foram reconstituídas com material odontológico.
Ele ainda vai crescer, o casco vai se regenerar e a massa plástica vai cair. Isso levará muito tempo, mas era o que tinha a ser feito.
E o pequeno Pirilampo também partiu, para mais uma tentativa. Talvez ele seja uma presa fácil para predadores naturais, mas isso não importa.
Se precisar, se a vida assim decidir, que ele parta, e volte novo, pronto para retomar a vida que lhe foi tirada.
Não terá as mesmas habilidades dos amigos grandões, mas ficará por ali. Terá comida todos os dias e, à medida que suas habilidades forem se desenvolvendo, aprenderá a capturar girinos, pequenos peixes, insetos e o que seu paladar pedir.
E que assim seja…
ATENÇÃO: Se você encontrar um animal silvestre em perigo, entregue-o ao Ibama, à polícia ambiental ou a uma clínica veterinária parceira dos órgãos ambientais.
Alf e sua turma foram socorridos pelos amigos do Centro de Conservação da Fauna, um grupo voltado para a proteção de animais silvestres, vinculado ao Hospital Veterinário Animal Center, do médico veterinário Leonardo Maciel.
O grupo precisa muito de apoio de padrinhos e madrinhas para continuar ajudando animais como Alf, Juca Bala, Sarita e Pirilampo. Para quem se dispuser a ajudar, seguem os dados bancários e endereço.
Clínica Veterinária e Pet Shop Animal Center Ltda – ME – CNPJ 08.664.905/0001-78. Banco Itaú (341). Agência 3179-5 / Conta Corrente: 27.221-0.
Avenida Portugal, nº 3871, Bairro Itapuã, em Belo Horizonte, Fone: (31) 3492.9321.
Quem quiser conhecer mais sobre o CCF (Centro de Conservação da Fauna), acesse o site abaixo e veja quantos bichinhos eles ajudam.
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