Dos últimos que retiramos da SMPA para serem preparados para adoção, só o Bimbo voltou pra casa.
Os amigos Anakin e Barbicha ganharam nova chance e foram adotados na feira do Projeto Proteger. Julinha e Renatinha foram passear em Niterói. Julinha voltou e foi adotada por aqui mesmo e a Renatinha hoje é carioca da gema.
Precisávamos intensificar a campanha pela adoção do Bimbo. Ele é um cãozinho de pelo longo, muito dócil e submisso. No canil em que vivia na SMPA, ele era o saco de pancada. Apanhava todos os dias e estava com os dias contados.
A escolha dele foi feita atendendo a um pedido desesperado de socorro da Daniela, voluntária da ONG, de quem ele se despediu de forma afetuosa.
Já na casa da Lucinédia, ele estava livre, leve e solto. Feliz, tenso e nervoso com a desgastante viagem. Passou mal no carro, é claro, mas nada que um banho no dia seguinte não resolvesse. Recebeu reforço da óctupla e já está com o cartão de vacinas recheado.
Eles foram levados às feiras, mas o Bimbo foi o único que não conquistou ninguém. Sabíamos que o adotante certo pra ele estava a caminho. É um cãozinho muito dócil, sociável e carinhoso. Nos primeiros dias fora do abrigo, mostrava-se ainda desconfiado, como se não acreditasse que tudo aquilo estava acontecendo.
O tempo passou e ele finalmente entendeu que o mundo está mudando e que lobinhos como ele não estão mais condenados a terminar seus dias em abrigos de animais. Já esboça um sorriso, mesmo que discreto.
O tempo passou e o pequeno Bimbo já nem se lembrava mais que um dia foi um cão de abrigo. Mas, pra sepultar de vez as más lembranças, só faltava uma casa e uma família que fosse só dele.
Claro que a adoção chegou. Bimbo foi um nome que escolhemos pra ele quando elaborávamos a matéria coletiva da SMPA. Era um nome provisório, apenas para que os animais ganhassem uma identidade e as pessoas pudessem se afeiçoar. Na casa da Lucinédia, ele era chamado de Bimbo mesmo e até que já tinha se acostumado.
Mas nós esperávamos que, com a adoção, seus novos donos escolhessem pra ele um nome muito especial. Mas jamais imaginamos que o nome seria Joaquim Lara de Castro Barreto. Putz. Nome chique heim, velho?
Mas é isso que você merecia amigo. Nunca deixamos de confiar que sua adoção seria mesmo especial. Só nos resta agradecer à Rita pela forma como recebeu o menino, e mostrar como está a nova vida do garoto. Está um pouco diferente porque foi tosado, mas podem acreditar que é o mesmo Bimbo.
Ele deve ganhar um apelido nos próximos dias. Afinal, no dia a dia, a Rita não vai chamá-lo de Joaquim Lara de Castro Barreto. Ele iria se confundir e pensar que ela estaria lhe contando uma história.
Na sequência abaixo, a primeira ida do Bimbo ao Pet, o primeiro passeio, sua chegada em casa e, finalmente, curtindo a cama nova.
Mas a história não terminou. Um tempo depois, outro cãozinho se uniu à família. Juca tinha sido adotado filhote e devolvido adulto. Era o mais triste cãozinho do planeta, quando alguém decidiu ampliar a família e abrir vaga pra mais um bichinho carente.
O resultado dessa história está nas fotos abaixo. Não há sequer o que comentar. Há anos atrás, ninguém imaginava que adoções assim fossem possíveis.
Mas temos a prova de que o mundo está mesmo mudando. Precisamos ainda de mais alguns adotantes assim, mas é certo que eles estão sendo despertados.
Um resgate de lucinediaf@r7.com
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