Estes são Bob e Billy. Eles foram adotados bem novinhos e viviam felizes com sua mãe humana. Dividiam com ela o ninho, a vida e uma casa bem modesta.
Há uma ordem natural que jamais deveria ser quebrada. Pais devem morrer antes dos filhos e cães devem morrer antes de seus tutores.
Às vezes, a ordem se inverte. No caso de Bob e Billy, sua mãe humana faleceu e eles perderam tudo repentinamente. Num dia, eles tinham tudo, no outro, estavam confinados a um canil.
Infelizmente, foi o que deu pra conseguir pra eles.
Sempre foram bem cuidados, tinham vacinas regulares, tomavam banhos semanais em Pet Shop e comiam boa ração.
Vieram para nosso território no mesmo dia em que se despediram de sua amiga, e claro que chegaram por aqui arrasados, tristes e sem entender nada.
O pelo longo era uma opção de sua mãe, embora o calor histórico que assolava a região de Belo Horizonte recomendasse uma tosa mais radical.
E foi nossa primeira providência. Sem o casaco, eles se sentiram melhor e com mais disposição para caminhadas e até para brincadeiras.
São cãezinhos jovens, carentes, muito carinhosos e sociáveis com outros animais. São bonzinhos até não poder mais.
Claro que a adoção deverá ser conjunta. Eles perderam tudo e só têm um ao outro. Então, eles são um organismo único, inseparáveis.
Bob e Billy estão sempre juntos, não se desgrudam, nem mesmo, ou melhor, principalmente, na hora do colo, que eles disputam sem cerimônia.
O espaço que oferecemos a eles está longe do que eles merecem e precisam. Têm abrigo, água fresca, boa ração, caminha macia e até um pouco de grama, mas tudo isso não é nada diante do que perderam.
Não temos mais a Pintada pra ajudar na socialização deles. Ou melhor, vai saber!
Hanna e Estopa fizeram as honras da casa.
Queremos pra eles adoção conjunta, e para uma casa que tenha sempre gente por perto. Eles gostam de colo e precisam conviver dentro de casa.
Uma semana depois que chegaram por aqui, já estavam mais conformados. Conformados é a palavra que melhor define o sentimento deles.
Pra quem um dia dividiu a cama com a mãe, não dá pra se acostumar com um canil. Por isso a adoção é urgente.
Billy é o Maltês branquinho. Ele pesa apenas 5 quilos e é um cisquinho. Ele é o líder da dupla.
Bob é o Yorkinho de orelhas pendentes. Embora seja menor que o Billy, ele é ligeiramente mais pesado, já que está bem roliço.
Se tiverem, na nova casa, mais um companheiro canino, também será muito bom. Eles são sociáveis e adoram as aventuras em matilha.
Com as pessoas, a adaptação é instantânea. Eles pulam no colo e se oferecem pra qualquer estranho.
E por isso mesmo é condição essencial para a adoção que na casa tenha mais colo do que cachorro. Contudo, se precisar, eles sabem dividir.
Bob e Billy são cachorrinhos de companhia. São jovens, com idade aproximada de 3 anos, estão saudáveis e com as vacinas em dia.
Também já são castrados e podem viver muito bem até em apartamento.
Passeios regulares e boas aventuras são também importantes.
Se tiver crianças na casa, vai ser tudo de bom. Eles têm energia bastante pra cansar meia dúzia de crianças hiperativas.
O tempo passou, o pelo cresceu um pouco e, em algumas semanas, Billy e Bob já haviam esquecido o triste recomeço.
Sentíamos que Billy estava um pouco mais triste, enquanto Bob se mostrava mais alegrinho.
Contudo, nós sabíamos que não era a despedida e nem a saudade que os estava deixando tristes.
Estavam em lar temporário, mas dormindo em um quarto só deles, com acesso a área externa e espaço pra caminharem no gramado e para os banhos de sol das manhãs.
Entretanto, eles eram lobinhos de companhia. Precisavam de colo, de conversas diárias, de petiscos debaixo da mesa.
E nada disso nós podíamos dar a eles.
Sabíamos que eram cãezinhos jovens, bem jovens, com idade entre 2 e 3 anos, e deixavam claro que tinham energia.
Gostavam de correr, não dispensavam brinquedos e, se tivessem a oportunidade, adoravam um chinelo.
Os passeios das manhãs eram sempre esperados. O sol chegava primeiro naquele pedaço do jardim e eles estavam sempre ali à espera dos primeiros raios.
Estopa e Hanna continuam sendo nossas principais anfitriãs, depois da partida da Pintada.
Os pelinhos brancos espalhados por quase toda a face nos indicavam que a idade havia chegado para nossa Estopinha. Ela não tinha mais disposição e nem paciência para brincadeiras com estranhos, mas o equilíbrio de matilha ela não perderia jamais.
Hanna ainda se dispõe a brincar, mas não tem a mesma energia de 10 anos atrás.
Para Billy e Bob, foram algumas semanas vivendo em um canil, até que surgiu pra eles uma oportunidade única, daquelas que fazem valer cada minuto de espera.
Foram recebidos por uma família especial. Fabiana, Fabrício, Fernanda e Gabriel os esperava.
Assim que chegaram, os meninos mostraram que não têm cerimônia e que colo é com eles.
Aquela não será a família definitiva deles. Ficarão apenas alguns dias com os novos amigos, e partirão rumo ao destino que a Vida preparou pra eles.
Dona Clara e Sr. Watson, um casal que tem adoração por cães e que já sentia falta de um novo filho em casa, acharam que os gêmeos poderiam ser o que eles esperavam.
Dali mesmo, a notícia da chegada das crianças já era compartilhada e recebida com alegria.
Entre afagos e pedidos sinceros de amizade, promessas inaudíveis eram feitas, e recebidas por eles, que são especialistas na arte da interpretar sentimentos.
Restava-nos esperar pelas notícias e fotos da chegada e da adaptação dos garotos, com os novos pais, Dona Clara e Sr. Watson.
E as notícias não demoraram. Eles chegaram por lá se esparramando nos colos, o que já era esperado.
Em seguida, foram conhecer a nova casa. Têm espaço, varanda e uma boa visão da rua, onde poderão contar a todos os vizinhos que chegaram e que são os novos reis daquele território.
Depois de se esparramarem nos colos, foi a vez de se esparramarem por todo o território e mostrar que já se sentiam em casa.
No fim do dia, era hora de decidir onde dormir.
Bem! O quarto que tem ar condicionado é o melhor da casa. Então, ali estava bom. Não foram eles que decidiram. A caminha já tinha sido preparada por dona Clara e Sr. Watson para receber os meninos.
É isso, meninos. Essa é a nova vida que vocês mereciam. Além da saudade, vocês deixaram em nós a sensação do dever cumprido. Estamos em festa pelo final feliz que vocês tiveram.
Fernanda, Gabriel, Fabiana e Fabrício poderão matar a saudade sempre que forem visitar os avós, pais e sogros.
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