Por que será que cães de grande porte sobrevivem menos tempo nas ruas?

A matemática é simples. Cães maiores precisam comer mais. Eles morrem de fome. Adoecem, emagrecem muito rápido, sentem muitas dores em razão da inanição, adoecem mais facilmente e morrem, na maioria das vezes, sem amparo, sem socorro, desnutridos e famintos.

O Leão é um gigante que vivia em uma pracinha no bairro Alípio de Melo, ao lado da Avenida Abílio Machado, uma das mais movimentadas da região.

Para a sorte dele, alguns vizinhos o alimentavam. Cães de grande porte também despertam o medo nas pessoas e, por isso, não recebem atenção quando estão nas ruas. Afinal, ele tem dentes que poderiam ferir.

Mas ele está mais para ursinho de pelúcia que para leão. É um daqueles gigantes bobos, incapazes de mostrar os dentes, mesmo para estranhos. Tem o olhar triste, como se soubesse que suas chances de encontrar uma família são reduzidas.   

Depois de vários meses vivendo nas ruas, sendo alimentado por pessoas de bom coração, uma de suas protetoras percebeu que ele não duraria muito. Não bastava a ração. Ele estava dormindo na chuva (cães grandes também têm dificuldade de encontrar abrigo) e não demoraria a adoecer.

Ele precisava de uma cama seca, carinho e atenção de um dono, vacinas e vermífugo.

Leão havia conquistado sua protetora, que decidiu melhorar suas chances. Foi socorrido e levado a uma clínica veterinária, onde foi examinado, recebeu vacinas e vermífugo, além, é claro, de uma casinha quente e seca.

Nem foi tão longa assim sua espera. Alguém viu o anúncio e percebeu que, se o adotasse, levaria para a casa uma criatura especial, que saberia demonstrar gratidão e devoção.

Além de uma casa e uma família, ganharia um território. Foi morar em uma fazenda. Viveria as delícias da vida livre, sem os perigos dela.

Desejamos felicidades aos novos donos, ao Leão e aos seus novos companheiros caninos.

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