Qualquer semelhança com nomes pessoais ou acontecimentos reais não terá sido mera coincidência.
Diego e Samuel são dois pássaros pretos que chegaram ao santuário em um lote com mais de 220 animais.
Trinta dias de aclimatação foi o tempo marcado para a soltura.
Logo nos primeiros instantes descobrimos que ali havia mais que apenas um pequeno bando de dois. Os dois não se desgrudavam. Estavam sempre juntos, às vezes trocando afagos.
A espécie vive em bandos e era de se esperar que buscassem a companhia de seus semelhantes, mas a amizade ali ia além da proteção do bando.
Eles posicionavam-se nos galhos mais altos e cantavam juntos. A algazarra era completa.
Poderiam ter sido chamados de Chitãozinho e Chororó, Claudinho e Bochecha ou qualquer coisa do gênero.
Dava gosto de ver aqueles dois juntos. A amizade entre eles era grande demais.
Faziam as mesmas artes e, se um deles se visse em apuros, o outro estava sempre a postos para ajudar.
E diante de tanta amizade, o Sr. Irineu, que trabalha no santuário e é o homem responsável por cuidar dos animais, decidiu chamá-los de Diego e Samuel, como referência a dois irmãos (seus netos), igualmente super amigos.
Os dois meninos, Diego e Samuel, estavam lá no dia da soltura, para desejar aos xarás o que de melhor a vida tivesse reservado pra eles.
E a cada dia, mais semelhança se via entre os dois neguinhos e os dois branquelinhos.
E pra não deixar de fora desta história nenhum dos netos do Sr. Irineu, vamos torcer para que, quando romperem as telas, encontrem novos amigos.
Quem sabe uma prima branquinha e faladeira, chamada Yasmim?
Voltando a falar dos pássaros, o dia da soltura chegou e, um a um, eles deixaram o viveiro.
Quinze dias mais tarde, foram vistos juntos a um bando, com aproximadamente dez aves de sua espécie.
O poder do bando opera milagres. Claro que o instinto os guiaria, mas aprender sobre vida livre com outros de sua espécie, nascidos e criados no mato, é mesmo tudo o que desejávamos pra eles.
De tempos em tempos, eles voltarão ao santuário. Talvez se acasalem, talvez deixem descendentes, mas nada disso é importante. Que eles vivam livres o tempo que tiverem que viver e que cumpram o estágio evolutivo que vieram pra cumprir, sem novas interferências.
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