Um dia, alguém decidiu que não queria os filhotes de sua cadelinha de estimação. Ela deve ter cruzado com algum cachorro vizinho. Filhotes dão trabalho e despesa e o melhor seria virar a página. Eles tinham apenas três dias de vida, traziam os cordões umbilicais ainda presos ao corpo e tinham os olhos fechados.
De tão pequenos, cabiam dentro de uma sacola qualquer. Melhor dar fim neles agora do que esperar crescerem. E foi assim, dentro de uma sacola de plástico, que eles foram deixados em um terreno baldio.
O pedido de socorro chegou até uma protetora que os recolheu. Por falta de uma mãe de leite, o jeito era improvisar e fazer o possível. O possível é sempre muito, quando a vontade de salvar vidas é maior que as possibilidades concretas.
Então, Giovanna e Eliana passaram a se revezar na tarefa. Nos fins de semana com Eliana e durante a semana com a Giovanna.
Nos primeiros dias, eram alimentados com conta gotas. Depois, chuquinha e mamadeira. Desde o início, remédios aos montes, massagens para estimular intestinos com algodão úmido, simulando a língua da mãe, bolsa térmica todo o tempo, mudança de posição durante a madrugada, banhos no meio da noite e por aí vai.
Se alguém acha que ser mãe de lobinho é fácil, eis aí uma pequena prévia. Se estivessem todos saudáveis já não seria fácil. Quando algo não vai bem, as dificuldades aumentam.
E os problemas surgiram assim que começaram a crescer. Uma das pequeninas não se desenvolvia. Sua cabeça inchada e dificuldade motora davam uma pista do que estava pra ser diagnosticado.
Hidrocefalia. Este foi o diagnóstico, ou melhor, sentença, para a Iris. A cabeça inchada pesava muito e ela não tinha forças pra levantar.
Sua expectativa de vida era de apenas alguns dias.
Na natureza, a própria mãe isola o filhote doente. Sabendo que não vai viver, melhor abreviar o sofrimento ou não gastar energia inutilmente.
Mas a Iris tinha duas mães humanas, racionais, dedicadas. Claro que não desistiriam dela.
Assim que os filhotes abriram os olhos, passaram a brincar, como de costume, disputando a liderança da matilha, brigando, e por aí vai. Sobrou para a pequenina Iris, que virou saco de pancada dos irmãos.
Ela não tinha tamanho, enxergava pouco, não tinha forças pra sustentar nem o próprio peso, o que diria disputar alguma coisa com os irmãos, já crescidos e com o dobro de seu tamanho.
E assim, para que a integridade física da pequena Iris fosse preservada, a família precisou se separar.
De um lado, um trio da pesada deslanchava. Cresciam fortes, saudáveis, espertos e felizes.
De outro, uma pequenina lobinha lutava pra viver. A Iris deve duas mães humanas dedicadas. Se sobreviveu, foi graças à dedicação de Giovanna e Eliana.
Algumas semanas se passaram, seu prazo de validade venceu e ela continuava viva. Melhorava a olhos vistos e já começava a interagir com outros cães. Lá no território da Giovanna, ela se impunha. Enfrentava Pit Bull de igual pra igual, sem nenhum receio.
O fato dessa Pit ser a Mia é só um detalhe sem importância.
Mereceu a atenção e o empenho de vários profissionais, nas mais variadas áreas. Tudo foi feito por ela.
Passou por uma iniciação de cura com Sheila e Ademildes, lá da Ser Essencial. Desde então, ela vem sendo curada a distância e vem apresentando melhoras ainda mais significativas.
Voltou a enxergar e vem ganhando mobilidade e peso. O inchaço em sua cabeça já não é mais aparente. Está cada dia mais esperta. Os médicos continuam achando que ela terá vida curta, mas preferimos não pensar nisso. Na verdade, não acreditamos nisso. “Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia.”
Os irmãozinhos já estão fortes, saudáveis, vacinados e vermifugados, prontos para adoção.
Mas, na disputa pelo final feliz, a Iris passou muito na frente deles. Se a meta de todos é a adoção, ela chegou na frente. Foi adotada pela Giovanna, que depois de tê-la amamentado, no sentido quase literal, não vai permitir que ela siga outro caminho.
A Iris tem melhorado muito. Podemos mesmo dizer que ela não tem mais nada. Está feliz e saudável, tanto quanto seus irmãozinhos.
Melhorou tanto que pôde, finalmente, reencontrar os seus. O encontro foi especial. Ela pulava sobre eles, mordia-lhes as orelhas e até chegou a esboçar alguns jogos de dominância, embora tivesse menos da metade do tamanho dos três.
Os filhotes foram anunciados. Francisco e Morena foram rapidamente adotados.
Moisés, acabou sendo também adotado pela Giovanna. Ele e Iris viverão juntos, o tempo que a vida permitir.
O tempo passou e a Iris venceu definitivamente a doença. Voltou a crescer e se desenvolver. Está longe de ser “grande e forte”, mas isso é por causa do DNA dela, já que o Moisés também ficou bem pequenino.
Abaixo, fotos atualizadas da criança. Chegou aos seis meses de vida, contra todas as expectativas e prognósticos. Não tem olhos de lince, mas o pouco de visão que tem é suficiente pra ela ser feliz.
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Abaixo, um texto escrito pela Ademildes, do Ser Essencial – espaço terapêutico, sobre os efeitos dos tratamentos alternativos em animais.
É mais uma porta que se abre para essas criaturas que tanto amamos.
Terapias holísticas para animais
É indiscutível a responsabilidade da humanidade para com o Reino animal.
Temos para com estes seres uma dívida imensurável devido à inconsciência social, política e humanista. Utilizar das técnicas holísticas no tratamento de animais é uma possibilidade maravilhosa para iniciarmos este resgate das relações harmônicas entre os reinos.
Detentores de um magnetismo primário, os animais são extremamente sensíveis às intervenções de técnicas como o magnetismo, bioenergia, reiki, fitoterapia, geoterapia, florais, homeopatia, etc.
As terapias holísticas são hoje reconhecidas e regulamentadas pelo ministério do trabalho e já se encontram oferecidas pelo SUS com o nome de Práticas Integrativas e Complementares. Também o Conselho Federal de Medicina reconhece algumas práticas como o Reiki, como práticas complementares da medicina.
Creio que cabe agora, não apenas aos veterinários, mas aos criadores, cuidadores e pessoas de todos os segmentos que dedicam atenção aos animais, seja de que espécie for, a incentivarem os cuidados terapêuticos no tratamento e prevenção de distúrbios na esfera física, emocional ou energética.
As terapias têm a ação quântica nas estruturas celulares, provocando a reestruturação das mesmas, regularizando todo o funcionamento orgânico, neurológico e energético.
É incontestável a resposta dos animais a estes tratamentos. Muitas vezes mais rápida do que em humanos, devido à ausência de defesa psíquica provocada muitas vezes pelo preconceito, traumas ou recusa com as mudanças causadas naturalmente pelo tratamento.
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