Mais uma campanha para tentar doar os 70 animais que sobreviveram ao rigoroso inverno em um certo depósito de animais indesejados.
E, em casos assim, lamentamos a morte daqueles que não tiveram saúde pra continuar ali, ou que apenas desistiram. Reencontramos alguns focinhos conhecidos, prestamos atenção a algum que nos passou desapercebidos nas primeiras visitas e, infelizmente, encontramos novas caras, de animais que foram deixados ali, por gente que, por conveniência, “acha que D. Tereza cuida bem”.
E, como nas campanhas anteriores, teremos alguns finais felizes pra mostrar. E mostraremos todos aqui neste post.
Dessa vez, dentre os novatos, uma cadelinha nos chamou a atenção: uma ratinha de 5 quilos, daquelas que deveriam ter crescido no colo, estava ali, escondida nos fundos de um quartinho escuro.
Não sabemos como nem quando ela chegou ali, mas segundo os relatos de D. Tereza, ela era assustada demais e, por isso, acabava sendo agredida pelos cães maiores.
Pra evitar que ela morresse mas pontas dos dentes de outros lobos, estava sendo mantida trancada dentro de um quartinho escuro e úmido, junto com outros cães também “jurados de morte”, e alguns gatos.
Publicamos a matéria na esperança de que alguém mudasse a vida dela.
Assim que a conhecemos, percebemos que aquela lobinha não sobreviveria ali. Ela tinha muito pouco tempo. A própria D. Tereza foi quem nos falou dela e nos pediu que a fotografássemos, para dar uma melhor chance à menina.
E assim que a porta do quartinha se abriu, avistamos de fora uma cadelinha assustada, acuada no canto, latindo assustada.
No colo de D. Tereza, a cadelinha, que D. Tereza nos disse chamar Chiquita, ficava desesperada olhando para baixo, com medo de ser abocanhada por um dos cães que insistiam em pular em D. Tereza.
Durante o tempo em que estivemos ali tentando fotografá-la, a pequena mostrava no olhar o pavor de estar ali.
E o pavor continuou durante todo o tempo.
Notamos que a menina estava ainda com os pontos da castração. É uma cadelinha de colo, pra dormir em almofadas, mas está vivendo sei lá há quanto tempo, dentro de um quartinho escuro, junto com gatos e outros cães, também tão assustados quanto ela.
Restava publicar a matéria e esperar que um anjo lhe fosse enviado.
E eis aí o resultado.
Chiquita agora é uma cadelinha feliz. Do Tedy ela não tem medo. Ela foi muito bem recebida por ele.
Obrigado à Marina e sua família, pela maravilhosa acolhida da pequenina Chiquita.
Outro caso muito triste que terminou com um belo final feliz foi o Paco.
Paco foi encontrado filhote, na porta do posto de saúde do Jaraguá. Não foi adotado, cresceu e tornou-se um macho adulto.
Na campanha que fizemos no início do ano, ele foi escapado e esteve na feira especial do Belvedere.
Infelizmente, ao final da feira, teve que voltar para a casa de D. Tereza. O cãozinho que chegou de volta ao abrigo era ainda mais triste do que aquele que retiramos para levar à feira.
Já não era mais nem sombra daquele filhote cheio de vida que um dia foi encontrado vagando sozinho.
Chegamos a relatar, na época, que ele tinha dificuldade de encarar as pessoas. Chegava a baixar o olhar, como se temesse alguma represália.
Torcemos muito pela adoção dele e chegamos a publicar um anúncio de adoção só pra ele.
Mas não houve um único pretendente, nesses mais de 5 meses.
Dessa vez, quando retornamos á casa de D. Tereza, reencontramos o mesmo cãozinho triste e depressivo.
Ele me viu chegar e se afastou, como se deixasse claro que não faz questão de minha amizade. Afinal, eu o traí uma vez e não havia razão alguma pra ser meu amigo.
Eu o tirei do abrigo e o levei para uma feira, enchendo-o de esperança de dias melhores. No fim do dia, o devolvi, sem nenhuma explicação, sem nenhuma promessa de que voltaria pra buscá-lo.
E não poderia haver sinal mais claro. Ele se refugiou debaixo de uma cadeira e ali ficou, enquanto eu estive ali fotografando.
Ele não confia mais em mim e não espera mais nada da vida.
De qualquer forma, minha parte seria registrar o que as lentes captassem e relatar, na esperança de mudar a vida dele.
E a mudança aconteceu.
A Mônica esteve na casa de D. Tereza para levar alguns pacotes de ração como doação.
Quando chegou, avistou o Paco ao longe. Já tinha lido a história dele e se afeiçoado, antes mesmo de conhecê-lo.
O resultado foi este. Deixou a razão e levou um cachorro de brinde.
E aqui está o Paco, já na nova casa. Apoderou-se da cama de sua irmãzinha humana.
Obrigado Mônica. Que este menino só traga alegrias para a vida de vocês.
Betoven foi um dos casos urgentes que mostramos na matéria de Setembro (2014). Ele é um cão grande, forte, muito bonito, com pelagem branca e algumas manchas discretas nas orelhas.
Na visão de D. Tereza, na foto abaixo ele era o retrato da tranquilidade, descansando sobre um carretel de madeira.
Mas ele não saiu dessa posição enquanto estivemos por lá. A foto aumentada mostra algumas pequenas feridas em sua testa.
Não precisamos de muito tempo de conversa pra arrancar o que as fotos não mostram. O Betoven era o saco de pancadas da vez. Era ele quem vinha apanhando todos os dias dos outros cães.
Sua apatia estava muito longe da tranquilidade relatada. Ele estava em depressão e parecia não ter mais vontade de viver.
E, novamente, como num conto de fadas, alguém assume o papel da fada madrinha e resolve transformar a vida dele.
Obrigado Ana, por mudar a vida desse menino. Era tudo o que ele merecia e esperava.
Neste Link, publicaremos todos os finais felizes dessa campanha em prol dos animais de D. Tereza.
Comentários / Mais informações sobre o anúncio devem ser obtidas com os anunciantes, no telefone ou e-mail indicados acima.