Ainda não atingimos um grau de loucura pra começar a fazer matérias só com fotos de cadáveres ou de animais agonizando, mas se um dia acharmos que esta é a forma de despertar e sensibilizar, assim faremos.
E não faltará material pra isso. Temos procurado atenuar as coisas, mas parece que não está adiantando.
Nesses últimos dias, foram jogados pra dentro do terreiro de d. Tereza, ou deixados amarrados em sua porta, mais de VINTE vidas, enquanto estamos nos desdobrando pra doar dois ou três.
Falta vontade de continuar. Não há otimismo e fé que resistam a esse desrespeito. A própria d. Tereza também não ajuda.
Desses recém-chegados, mais da metade deve morrer nos próximos dias. O primeiro a partir foi o Cadu. Ele agora está bem, nos braços de protetores que agem no outro plano. Esses são os sortudos da história.
Azarados serão os que não morrerem, e tentaremos explicar porque. Aqueles cães não têm vida. Eles se arrastam no tempo, em sofrimento intenso e constante. Muitos convivem com dores, com a fome, com o frio e o medo.
Não conseguiremos contar a história de todos os 60 que estão por lá. (Agora 80, novamente), mas vamos tentar mostrar alguns.
A Estrela é uma cadela grande e forte. Deve pesar uns 40 quilos ou mais. Era de se imaginar que com este porte, estivesse imune às brigas, aos ataques. Já tivemos a oportunidade de conquistar a amizade dela e de nos afeiçoar. Na matéria nº IV, chegamos a contar sua história e usamos uma foto dela no banner inicial.
Não era esse o combinado. Parte IV
Dessa vez, assim que entrei, chamei pela minha amiga, esperando que ela viesse pular em mim, como da outra vez.
Mas o que vi, foi uma cadela encurralada sobre alguns sacos de ração, sem coragem pra descer. No chão, pelo menos meia dúzia de cães menores que ela deixavam clara a intenção de atacá-la.
Lembrei-me da Dandara, que um dia me encantou, e que não tive tempo de ajudar.
Pouco depois, quando os algozes de dissiparam, ela desceu correndo e veio me dar as boas vindas.
E talvez, por tê-la visto tão vulnerável dessa vez, tenha prestado mais atenção e notado a cicatriz que ela traz na testa, pouco acima dos olhos.
Saudade não se mata com apenas um oi e um carinho na cabeça. Ela não se desgrudava de mim e me monopolizou.
Depois, um pretinho básico, igual a muitos que vivem ali, decidiu reivindicar um pouco de minha atenção.
Era de se esperar que ela se mostrasse agressiva, até mesmo por ciúmes, por estar dividindo a minha atenção.
Mas a cena que presenciei e tive a alegria de fotografar somente me confirmou o que eu já sabia. Estrela é uma cadela muito especial.
Ela abraçou o Pretinho e ali ficou, sem nenhum sinal de agressividade.
E não soltava minha mão. Chegava a segurar meu braço para que meus afagos não cessassem.
Vamos tentar amiga. Espero que dessa vez alguém consiga entender seus sinais.
ATUALIZANDO: Estrela adotada.
Rainha, que já registramos escondida debaixo de uma cadeira, dessa vez estava atrás de uma casinha.
O mesmo olhar apagado e triste, o mesmo rabinho entre as pernas. Não consigo imaginar o que é viver com medo dia e noite, sem trégua. Ela é uma mestiça de Collie, de porte grande e pelo muito macio. Ninguém ainda a notou, dentre tantos.
Dessa vez, cheguei com a intenção de registrar alguns casos já conhecidos e que eu considerava urgente.
Bambina era um deles. Havia chegado por ali, depois de um atropelamento grave lá pelos lados de Santa Luzia. Era a única fêmea que ainda não estava castrada (A castração aconteceu na semana que fizemos as fotos).
A notícia que tínhamos na primeira vez que a vimos, era de que ela distribuía dentes aos quatro ventos e somente com cambão e sedação, era possível manuseá-la.
É uma cadelinha pequena, que precisava de alguém para resgatá-la e esperar pela socialização, no tempo dela.
Dessa vez, encontramos uma lobinha menos arredia. Segundo d. Tereza, ela já permite alguma aproximação, mas ainda longe da cadelinha de colo que deveria ser.
Seu território continua sendo a sala, onde algumas casinhas lhe dão alguma segurança.
Tentei me aproximar para conseguir melhores fotos, mas ela deixava claro que não tinha intenção de se tornar minha amiga.
Ela está melhorando, ou talvez, se conformando.
Continua à espera de alguém que a salve, que a tire de lá, que a dê um ambiente mais equilibrado. Se, mesmo vivendo naquele lugar, ela já dá sinais de que pode melhorar, em um ambiente compatível com sua condição de mocinha de colo e laços vermelhos, é certo que a transformação será mais rápida.
Bambina é uma cadelinha pequena. Deve pesar no máximo uns 6 quilos. Ideal para apartamento, mas precisa de donos que estejam cientes do desafio e dispostos a dedicar tempo e paciência para socializá-la.
O meu amigo Rubinho já não é mais tão meu amigo. O desgaste emocional que este trabalho me causa me deixa menos disposto a interações. Tenho vontade de encher o cartão de memória da máquina e sair rápido.
Não é um lugar agradável de ficar, nem mesmo por alguns minutos. Imagino o que é a vida de cada um deles.
Dessa vez, o Rubinho demorou a se aproximar. Precisei chamar por ele.
Seu brilho e vivacidade estão mesmo se apagando. Fiquei me perguntando qual será o destino dele, se algum dia terei a alegria de anunciar a adoção dele, ou a angústia de contar que ele desistiu de esperar.
Sabemos que lobos de vida livre também têm vida curta. Pra muitos ali, a vida também é curta, mas para outros, os anos passam, lentamente. E não sabemos definir o que é melhor.
Outro caso exigir uma atenção especial. Eron era o cãozinho que mostramos deitado, em depressão.
Ele chegou a ser adotado, mas tivemos que intervir e pegá-lo de volta.
Alguém se sensibilizou com a tristeza daquele cachorro e disse que daria a ele uma vida diferente. Tudo correu bem na entrevista e estávamos convictos de que o Eron teria, enfim, uma nova chance. Afinal, quem adota um cão como ele, por compaixão, é alguém verdadeiramente especial.
O local era distante e estávamos apreensivos. Quando ligamos pra ter notícias do Eron, a adotante explicou que ele estava bem, que ficaria uns dias dentro de casa pra se acostumar com a família, mas que depois ficaria na corrente.
Como assim? Na corrente?
Esse capítulo na vida do Eron precisa ser divulgado, não para agredir a família que o adotou. Afinal, eram pessoas boas que se sensibilizaram com a história dele e queriam dar a ele uma vida diferente.
Mas é preciso deixar claro que corrente não é opção. Prefiro vê-lo morto entre os dentes de uma matilha de mais de 70 que condená-lo a um resto de vida em uma corrente. Infelizmente, ainda existem pessoas que acham que isso é normal.
Esse episódio terá a intenção de explicar para as pessoas que não é isso o que queremos pra estes animais. Eles precisam de adoção, mas não podem trocar a casa de d. Tereza por qualquer lugar.
Serviu também pra nos mostrar que nem todo “qualquer lugar” é melhor que a casa de d. Tereza. Sempre é possível piorar.
Eu fiz questão de me aproximar dele e pedir desculpas por tanta falta de cuidado. O Eron agora é meu amigo e prometi a ele que tirarei novas fotos dele todas as vezes que for até lá.
Vamos insistir até encontrar alguém que se disponha a mudar sua vida.
Infelizmente, ele é pouco sociável com outros cães machos, o que vai dificultar um pouco a sua socialização.
Dessa vez, não o encontrei deitado, entregue à depressão. Estava de pé, com a cauda erguida, talvez pra me mostrar que está bem, muito embora seus olhos digam o contrário.
Mas nem só nos velhos conhecidos focaríamos esta matéria.
Dona Tereza havia nos relatado que estava com dois novos hóspedes: dois cachorrinhos haviam sido jogados dentro de seu terreiro, amarrados dentro de uma caixa de papelão.
Isso foi na madrugada. Ela levantou num só pulo e correu para ver a confusão, já prevendo o que estava acontecendo. Encontrou a caixa no chão, cercada pelos outros cães, que esperavam para atacar o primeiro que colocasse o focinho pra fora da caixa.
Eram dois cachorros de porte pequeno. Receberam o nome de Dudu e Pipico e foram trancados por d. Tereza no quarto escuro, junto com os gatos, pra evitar serem atacados.
Os dois tremiam muito. Por serem muito parecidos e terem características comuns, é certo que são irmãos. Ambos têm as orelhas grandes e pontudas, têm as perninhas curtas como as de um Basset, e o focinho afinado. Dudu, branco e amarelo, é o menorzinho e deve pesar entre 5 e 6 quilos.
Pipico, o marronzinho, deve pesar entre 7 e 8 quilos.
Como de costume, estando em casa, d. Tereza solta os novatos, para que possam ir, aos poucos, se integrando à matilha.
E foi o que ela fez, até para que pudéssemos fazer as fotos. O pavor de serem cercados pela matilha estava estampado em seis sinais.
As imagens retratam o que as palavras nem sempre conseguem descrever.
O mais assustado era o Pipico, até porque ele foi cercado por muitos cães, alguns com uma postura pouco amistosa, com pelos eriçados e cauda levantada.
Ele posicionava o rabinho entre as pernas, pra mostrar submissão e abortar o ataque iminente.
Assim que d. Tereza percebeu que os ânimos começavam a se exaltar, ela os pegou no colo.
Eles estavam muito assustados, tremendo de medo. Os olhos parecia que saltariam pra fora.
Eu mesmo já estava em agonia por causa dos dois e pedi que ela os levasse de volta para o quartinho.
Eles já foram vacinados e precisam de alguém que os tire de lá o mais rápido possível. Eles tiveram uma família, algum dia. Não estão descuidados e nem doentes. São jovens ainda e talvez não tenham nem um ano de vida.
Tudo indica que foi mais um abandono de férias.
Além dos velhos conhecidos e dos novatos, sempre encontramos por lá um caso antigo, mas que não tínhamos ainda registrado. E não precisamos procurar muito pra encontrar algum cãozinho que precisa sair dali.
Aisha não é novata. Vive por lá há muito tempo, embora não tivéssemos ainda notado sua presença em nenhuma de nossas visitas anteriores. É possível que, em todas elas, a mocinha estivesse refugiada.
É uma mestiça de Poodle, porte pequeno a médio, que também está em depressão.
Babésia (doença do carrapato ou tristeza canina) é uma causa provável.
Do Pierre, também não tínhamos ainda falado, talvez porque ele não tenha costume de se aventurar do lado de fora. Aquele pelo longo dourado e os olhos expressivos não teriam passado despercebidos.
Nestas fotos, ele estava na porta da sala, e não colocou o focinho no terreiro um só minuto. Imaginei se não seria ele um dos “jurados de morte”, de que d. Tereza às vezes fala.
Por falar em jurados de morte, dessa vez, não fui até o quarto onde alguns deles vivem trancados.
Em uma matéria anterior, contamos a história de Chica e Baruco, mãe e filho de porte médio a grande, que vivem debaixo de uma cama.
Mesmo do lado de fora, consegui registrar o focinho do Baruco, latindo em desespero pela janela. A péssima qualidade da foto é consequência da pouca luz no interior do quarto.
Dentre os casos especiais (todos são), outro recém-chegado, jogado no meio das feras. Cuitelinho (O menor dos beija-flores) luta bravamente para viver. Já fazem duas semanas que ele está em tratamento intensivo, com vitaminas e fígado. Suas mucosas estão brancas e ainda não pôde ser castrado nem vacinado.
Ele está assustado e treme de medo em tempo integral, como se um dos lobos grandes pudesse, a qualquer momento, arrancá-lo das mãos de d. Tereza, com os dentes.
Além da anemia profunda, ele tem uma falha acentuada de pelo, que já começa a nascer. Os primeiros exames acusaram leishmaniose, mas como ele tem reagido bem aos banhos semanais, é possível que seja apenas resultado cruzado com outros hemoparasitas. Está em tratamento, é claro, para repetir os exames mais tarde.
Levará alguns dias pra termos a resposta quanto ao estado de sua saúde. O problema é que ele não tem muito tempo pra esperar um tratamento longo. Precisa sair dali. Precisa de alguém que lhe dê os cuidados que d. Tereza não consegue dar.
Ainda preparávamos esta matéria, quando soubemos que o Cuitelinho teve uma recaída e estava internado. Fica a torcida para que ele sobreviva.
ATUALIZAÇÃO: O Cuitelinho não resistiu. Ele estava muito doente e, mesmo com todos os cuidados recebidos na clínica veterinária, ele nos deixou.
O que nos angustia é saber que ele morreu triste, em depressão, sabendo que foi abandonado. Não podemos dizer que a tristeza foi a causa de sua morte, porque a leishmaniose já estava avançada, agravada por diabetes, insuficiência renal e outros problemas decorrentes. Mas é certo que a vontade de viver costuma ser a diferença entre a vida e a morte.
Endira já é nossa conhecida. Dessa vez, estava deitada sobre um carretel de madeira, com o mesmo olhar distante e triste de sempre.
Não importa quantas vezes ela seja fotografada, sua expressão não muda. É uma cadelinha de meia idade, mestiça de Golden, porte grande e muito, muito dócil.
ATUALIZANDO: Endira foi adotada e hoje é a principal mascote do SPA Lucinédia.
Suzi também já foi mostrada em outras ocasiões. É uma arrepiada de pelo e porte médios. Já foi adotada umas duas vezes, mas devolvida, sem muitas explicações.
Infelizmente, ainda tem gente que adota no impulso e se arrepende.
Sianinha continua sendo a mesma mestiça de Pit com Boxer, grande, forte, carente e brincalhona.
Ela não é muito sociável com outros cães, mas, mesmo assim, aceitou dividir meus afagos com este malhado, que nem sequer sei que nome tem.
Tufinho, aquele filhotinho que já nem é filhote mais, continua lá. Dessa vez, o encontramos acuado debaixo de um carretel de madeira.
As marcas dos dentes nas bordas do carretel dão uma pista do tamanho do estresse que existe naquele lugar.
De todos os casos mais graves, Zezinho é o único que continua por lá. Cheguei com a intenção de dispensar a ele algum tempo. Esperava obter fotos mais variadas, que pudesse contar algo mais a seu respeito.
Entretanto, só o que mudou foi o zoom da máquina. Ele segue, dia e noite, na mesma posição, deitado naquele vão espremido do armário de alvenaria.
Ele é um cãozinho de uns 15 anos e já cego. Segundo d. Tereza, ele é dócil, mas como não enxerga e nunca recebe atenção, passa a vida ali, esperando pela morte. Se alguém tenta pegá-lo, ele pode morder. Afinal, aprendeu que precisa agir assim pra se manter vivo.
Ele anda e consegue encontrar sozinho o lugar de deitar, a comida e a água. Podemos mesmo dizer que é independente, mesmo porque, se não fosse, já teria morrido.
Acreditamos que, se tiver um ambiente mais calmo, aprenderá a ouvir a voz dos donos que, associada com petiscos e carinho, poderá operar grandes transformações. Temos esperança de, um dia, receber notícias de que ele voltou a abanar o rabinho, coisa que já não faz há muito tempo.
É uma adoção especial, não apenas por ser cego e velho, mas porque precisará de exames e, possivelmente, algum tratamento. Não é um cão que está pronto para adoção. Ele está pronto para ser resgatado.
Não precisa de muito espaço, mas precisa de ambiente tranquilo e muito carinho. Ele é sociável com outros cães, e até mesmo com gatos.
ATUALIZANDO: Zezinho adotado. Hoje ele tem uma suíte, com direito até a ventilador. Afinal, cães cegos também sentem calor.
Por falar em gatos, por lá, eles seguem se arrastando pela vida. Alguns são bem adotáveis, mas não recebem, nem atenção, nem cuidados. Os piores são os que vivem sobre o armário da sala. Já mostramos alguns nas matérias anteriores.
Estes mostrados agora, são alguns dos que vivem no quarto escuro dos fundos, onde também ficam alguns dos cães recém-chegados ou “jurados de morte”.
Miguelzinho e seu irmão, Manuelzinho, seguem por lá. Miguelzinho tem sido visto sobre um móvel de madeira, lá nos fundos. Assim nós o encontramos nas duas últimas vezes que visitamos o lugar, o que não é um bom sinal.
Ao perguntarmos pelo irmão, d. Tereza explicou que ele estava “jurado de morte” que estava em um dos quartos trancados. Na semana anterior, havia sido atacado e machucado muito.
Maia também era novidade pra nós. Embora viva ali há muitos anos, nós ainda não tínhamos cruzado com ela nas visitas anteriores. E não é difícil imaginar por que.
Nestas fotos, ela estava encolhida e tremendo muito, deitada sobre uma cadeira, no canto da cozinha. Deve ser esta a rotina dela.
Ela é peludinha e tem os olhos tristes. É cachorrinha de colo, mas está perdendo a vida ali, sobre uma cadeira quebrada.
ATUALIZANDO: Maia foi muito bem adotada. Está pra lá de feliz na nova casa.
E como explicado no início da matéria, neste período de férias, os canalhas decidiram exagerar. Além dos irmãos Dudu e Pipico, do Cuitelinho, da Laisa (adotada na última feira) e do Cadu, que morreu no início da semana, foram deixados na porta de d. Tereza mais duas fêmeas (Ailha e Arucha) e 14 filhotes, sendo 12 ainda sugando as tetas vazias das mães.
As outras duas filhotinhas, já desmamadas e sem a mãe, são Vida (pretinha) e Esmeralda (tigradinha). Estavam trancadas dentro de uma caixa de papelão.
Talvez seja necessário um choque de realidade.
D. Tereza me pediu que fosse até o quarto dela, pra fotografar a Pretinha, uma cadelinha muito assustada que treme 24 horas por dia e não sai debaixo da cama.
Ao chegar, encontramos a cama de d. Tereza, sem o colchão, que havia sido destruído pelos cães.
No lugar do colchão, alguns pedaços de tapume de madeira que nem sequer tampavam o estrado.
Essa é a covardia imposta pelos canalhas que continuam abandonando animais na porta dela.
Isso vai mudar. Instalaremos câmeras em sua porta e levaremos às autoridades a denúncia contra cada um que lá deixar animais. Abandono é crime. Divulgaremos as imagens também pelas redes sociais, até descobrirmos a identidade e endereço dos criminosos.
Pra concluir e não perder o foco em relação ao motivo que me levou àquele quarto, d. Tereza me apresentou a Pretinha, como sendo a cadelinha mais assustada e medrosa daquele lugar.
Quando a vi, me bateu uma profunda tristeza, que se agravou ainda mais quando comecei a fotografar e percebi que a falta de luz e as condições do local não me permitiriam conseguir boas fotos.
Pensei nos tantos anúncios de cães pretos, com fotos ruins, que são postados apenas por desencargo de consciência, sem nenhuma expectativa de retorno.
A Pretinha é uma SRD preta de pelo curto, porte médio, focinho levemente esbranquiçado, que vive há anos debaixo daquela cama. É assustada e pouco receptiva, mas aprendeu que tem que ser assim.
E quem vai adotá-la? Nem fotos decentes eu tenho pra mostrar.
Sinto muito Pretinha. Foi o melhor que deu pra fazer.
O caso é grave e precisa de adotantes, aos montes, mas pedimos às pessoas que não ajam no impulso. Se, após a adoção, algum animal vier a ser devolvido, é para a casa de d. Tereza que eles terão que voltar. Isso não é justo com eles.
A quem desejar ajudar financeiramente d. Tereza, seguem os dados bancários. Optamos por indicar conta de titularidade da própria d. Tereza, sem intermediários. Assim fica mais transparente e fica aos doadores a certeza de que suas doações chegarão ao destino.
CAIXA ECONOMICA FEDERAL / AGÊNCIA – 1746 / CONTA POUPANÇA – 112087-6 / OPERAÇÃO 013
NOME FAVORECIDO: TEREZA CARLOS VIEIRA. CPF N. 763.578.306-82
Contato para adoção: Bruna Luiza: (31) 9 9477.1739.
Pra quem chegou agora e deseja conhecer todo o trabalho que foi feito, seguem os links das matérias anteriores.
Não era esse o combinado
Não era esse o combinado. Parte II
Não era esse o combinado. Parte III
Não era esse o combinado. Parte IV
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