Entre Tico-ticos e Tico-ticos-reis, eram 16 ao todo.
Os reis são os chamados soldadinhos, inconfundíveis graças a um topete vermelho, no formato das antigas boinas usadas pelos jovens que serviam aos “tiros-de-guerra”, comuns em cidades do interior, onde a espécie era mais vista e conhecida.
Já soltamos por aqui um sem número de soldadinhos. A Espécie é muito comum em nosso território.
Os tico-ticos comuns também estão sempre muito bem representados. Luidi e Rosinha são representantes da reintrodução bem sucedida.
Ambos anilhados, eles foram soltos com um intervalo de tempo de um ano e meio. Luidi já era morador de nosso território quando por aqui chegou a Rosinha. Eles se conheceram durante o período de aclimatação dela e contaram uma bonita história com final feliz.
http://oloboalfa.com.br/luidi-e-rosinha-o-valor-de-uma-vida/
Cenas como esta abaixo são vistas por todos os lados, tanto protagonizadas por aves reintroduzidas, quando por aves nativas, como esta mãe alimentando o filho.
Os nossos novos hóspedes tinham todas as chances do mundo. Em poucos dias, os pássaros estavam fortes e prontos para a vida livre.
Os banhos na água corrente indicavam que tinham condições de voltar ao mundo dos livres.
A cada dia se mostravam mais fortes e preparados.
Tico-ticos não têm dimorfismo sexual. Machos e fêmeas são iguais e, por isso, temos dificuldade em individualizá-los.
Entretanto, dessa vez, um em especial era inconfundível.
Peninha tinha uma má formação em seu pezinho esquerdo. Mais uma vez, tudo indica que ele fraturou gravemente o pé, no transporte pelos traficantes, ou mesmo durante a captura.
E sempre que nos deparamos com um caso assim, é necessário prestar mais atenção. Queríamos ter a certeza de que aquele problema não o impediria de ser livre.
E, por muitos dias, flagramos o Perninha frequentando os bebedouros, os comedouros, voando com segurança e agilidade, e até brigando por sementes.
O uso da lagoa para beber era um sinal muito positivo.
Mas nenhum sinal poderia ser melhor que vê-lo se banhando na lagoa. Ali percebemos que ele não tinha nenhuma limitação. Estava pronto para ganhar a liberdade e cumprir a etapa para a qual veio ao mundo.
Quando o dia da soltura chegou, Peninha foi dos primeiros a deixar o viveiro. Ele estava muito bem e fez questão de nos mostrar que estava pronto para a liberdade.
Ele se esforçou e deu o melhor de si pra aprender a viver.
Mesmo em liberdade, será mais fácil reconhecê-lo. Que perninha e seus quinze amigos sejam felizes e que se mantenham longe das armadilhas.
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