Este cãozinho foi visto pela primeira vez em uma sexta-feira, pela manhã, rondando as ruas do Bairro Serrano.

Tentamos segui-lo, mas ele estava assustado e arredio. Por 4 dias ele vagou pelas ruas do bairro, sem que conseguíssemos pegá-lo. Usava uma gravata amarela, indicando que acabara de sair de um Pet Shop.

Na segunda-feira, foi finalmente resgatado e levado a uma clínica onde foram iniciados os procedimentos padrões. Ele faria alguns exames, tomaria vacinas, seria castrado para depois ser disponibilizado para adoção.

Percorremos os Pet Shops da região, tentando encontrar seus donos, mas nenhum deles o conhecia.

Mas o Ducky estava bem cuidado demais. Não poderia ser entregue para adoção, sem antes tentarmos encontrar seus donos. Era certo que, em algum lugar, uma família sentia sua falta.

Assim que divulgamos suas fotos, recebemos um sem número de pedidos de adoção. Mas, um vento nos cochichava nos ouvidos, pedindo que esperássemos um pouco mais.

Outro motivo nos levava a acreditar que deveríamos esperar. Ele estava triste demais. Era jovem e muito sociável, mas não demonstrava afeição, nem mesmo por seus protetores. Um cãozinho assim é do tipo que se joga em qualquer colo.

Mas o Ducky era diferente. Ele não era agressivo e convivia muito bem com outros cães, mas demonstrava claramente que estava sofrendo de saudade.

Estava claro que ele sentia falta de sua família. Espalhamos alguns cartazes com as fotos dele e decidimos esperar o tempo que fosse preciso.

Em uma manhã de sábado, recebemos uma ligação, de uma pessoa dizendo que acabara de ver o cartaz e que sua mãe estava desesperada à procura do Pingo.

Pingo era seu nome. Ligamos para a clínica onde ele estava tomando um bom banho e pedimos à atendente que o chamasse pelo nome.

A Cláudia nos pediu um minuto e voltou contando que ele estava deitado em um canto e, quando ouviu o chamado, levantou as orelhas e correu ao seu encontro.

Naquele momento, ao ouvir seu nome verdadeiro, ele soube que seus donos haviam sido encontrados. Minutos mais tarde, recebíamos em casa o Sr. Sebastião e o Patrick.

Pra um cãozinho que se mostrava arredio conosco, como ele receberia seus supostos donos? As fotos falam.

Depois do Patrick, era a vez de matar a saudade do avô.

Em casa, outros colos esperavam por ele. Sra Anaíde o recebeu emocionada.

Depois dela, foi a vez do Gabriel matar a saudade.

O Pingo chegou em casa correndo e pulando em todos, extravasando a felicidade de quem teve muito mais que uma segunda chance.

Que este final feliz ensine a importância da identificação. O Pingo ganhará uma medalhinha de identificação do Projeto O LOBO ALFA, onde será gravado seu nome e telefone dos donos, para que nunca mais precise passar por isso novamente.

Quando fugiu da casa dos donos, ele usava uma gravata amarela. Quando retornou, ostentava os cuidados que recebeu na Veterinária Alípio de Melo.

Nosso muito obrigado à Dra. Cíntia e sua equipe, pelo carinho de sempre.

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