O Projeto O Lobo Alfa orgulhosamente apresenta: Tuquinha.

Aqui tem 800 gramas de cachorro. O resto ainda não conseguimos identificar. Ela parece ser uma mestiça de Pinscher, daquelas coisinhas encrenqueiras, que ainda se consideram lobos, apesar de toda a distância imposta pela evolução.

Ela foi achada na rua, em um aglomerado. Um garoto que lá estava jogando bola, a encontrou, a colocou debaixo do braço e resolveu levar pra casa, alegre pela “grande” descoberta.

Ao chegar em casa, ouviu de sua mãe palavras de incentivo: “__Some com isso.”

Ele sumiu com ela, deixando logo ali na esquina. Uma vizinha, vendo a cena e tomando conhecimento da história, fez o resgate e nos entregou a criança. Estava barrigudinha e com fome. Achamos que um bom vermífugo poderia resolver o problema da barriga inchada.

Para a nossa surpresa, o vermífugo não provocou mudanças. Observamos então que a barriguinha dela é como uma sanfona. Ora está murcha, ora está inchada. Notamos também que estas alterações ocorrem em horários padronizados. Pela manhã, antes da refeição, está murcha, mas depois da refeição, volta a inchar, muito.

Observamos ainda que as fezes estão normais, sem nenhum sinal visível de vermes, o que nos indica que ela já havia sido vermifugada recentemente. Passaria pelos demais procedimentos, mas já estava pronta para o que desse e viesse.

Poderia ficar do tamanho de um Pinscher zero, daquelas bem miudinhas, ideais para apartamento. Mas deixamos muito claro que só iríamos doá-la se isso não fizesse nenhuma diferença para o adotante. Ninguém sabe o que vai no DNA de uma lobinha assim.

Por isso, havia a possibilidade do tempo revelar que, de Pinscher, ela não tinha nem o branco dos olhos. E nesse caso, não aceitaríamos reclamações. Ela precisava ser adotada por alguém que se apaixonasse por ela, e que a recebesse de braços abertos, independente do quanto ela pudesse vir a crescer.

Sua primeira mãe adotiva foi uma Pinscher bem pequena, mas mãe adotiva não conta. Babá também não, embora achássemos que, na barriga, ela havia puxado a Pintada.

A mãe adotiva a que nos referimos era a Pretinha, que está nas fotos disputando com ela o direito de brincar com o pato.

A Pretinha (esta sim é uma Pinscher) foi abandonada pelos donos em uma estrada de terra, quando estes saíam de férias. Ela vagou 15 dias comendo apenas capim, até ser encontrada e adotada por alguém que morava na região. Como entrou no cio logo depois e a casa não é fechada, nós a pegamos e a trouxemos para Belo Horizonte. Estava hospedada em nossa casa, esperando o cio passar para ser castrada e devolvida à família que a adotou. Enquanto estava por aqui, ajudou a receber a Tuquinha e a adotou.

A criatura era desinibida. Não era possível saber de onde ela havia tirado tanta espontaneidade.

Com a Pintada, nossa babá oficial, ela também se entendeu muito bem. A sorte era que a nossa Pinta, além de babá, sempre foi também a “mãe da paciência”.

Ela esperava por uma adoção pra lá de especial. Ás exigências eram muitas. A adotante teria que assinar um termo, se comprometendo a nos enviar fotos dela mensalmente, até ela completar 15 anos, para que possamos atualizar esta matéria, que ficará registrada em “finais felizes”.

Deverá também se comprometer em comprar pra ela uma boneca de corda igual a que aparece nas fotos abaixo. Esta já tem dona e, se a deixássemos levar, a Hanna adoeceria.

Estudamos também a possibilidade de cobrar uma taxa para reembolso de um par de chinelos, mas isso no final acabou sendo dispensado.

Claro que a adoção veio exatamente como esperávamos. Assim que chegou, tratou de percorrer e reconhecer o novo território, seguida de perto pela Tutty, sua mais nova amiga de infância. Já a Tainá, mostrou-se desconfiada e até um pouco enciumada, mas nada que um bom chamego não resolva. Ela dormirá no quarto da Amanda e terá exatamente aquilo que esperávamos que ela tivesse.

É certo que ela vai crescer, mas a Amanda aceitou recebê-la, mesmo sabendo que ela ficará do tamanho de um Rottweiler.

Pra facilitar a adaptação, ela foi adotada junto com o Pato. A Pretinha reclamou um pouco mas a Hanna acabou deixando que ela o levasse, como lembrança de sua curta passagem pela nossa casa. Foi uma alegria pra todos nós receber esta foguetinha aqui.

E a vida tem mesmo nos proporcionado grandes alegrias. Além de nos mandar sempre os melhores adotantes, ainda nos permite registrar instantes assim.

Tuquinha adotada 3

Só nos resta agradecer à Amanda por esta acolhida tão especial. Seja feliz pequenina. Obrigado por cruzar nosso caminho.

Abaixo, as primeiras fotos que recebemos da menina, algumas semanas após a adoção.

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