Já havia prometido pra mim mesmo que não mais usaria expressões pejorativas pra definir depósitos de animais, abrigos superlotados ou casas de acumuladores, mas em situações assim, não encontro melhor definição, o que me impõe ser, no mínimo, irônico. Talvez um choque de realidade seja mais eficiente que a diplomacia.

O protetor de animais nasce quando abandona a indiferença, quando não consegue fechar os olhos, quando passa a sentir compaixão por animais e quando se inquieta diante do sofrimento.

As redes sociais apontam para um crescente interesse humano por assuntos relacionados à causa animal. As mudanças são lentas, mas já se fazem notar.

Quem está há mais tempo já percebe comentários do tipo: “-Se eu ganhar na loteria, vou comprar um imóvel e montar um abrigo para receber todos os animais em sofrimento.”.

O que as pessoas não entendem é que um abrigo não é garantia de bem-estar e de qualidade de vida para os animais. No máximo, é uma garantia de sobrevida. Nenhum animal sabe o que é uma vacina, ou imagina as qualidades nutricionais que existem na ração consumida.

Nenhum abrigo, por muito bem administrado que seja, fará feliz um cão ou gato, pelo simples fato de ser apenas um abrigo. Lá existem voluntários e funcionários e não donos. E ninguém, por muito que goste dos animais, conseguirá dar igual atenção a dezenas e até centenas de animais.

O resultado, invariavelmente, é um depósito de animais tristes, amontoados, estressados, arredios, que aprendem, todos os dias, que a vida não vale a pena.

O instinto de sobrevivência é forte o suficiente para que eles lutem pra preservar a própria vida, muito embora alguns morram de tristeza, mostrando ao mundo que desistiram e se entregaram, mas o mundo não entende esses sinais. Um animal morto em um abrigo é apenas um número.

O fato é que abrigos existem aos montes, ora organizados como ONGs, ora por ação individual de alguém a quem a sociedade rotula de louco.

Alguns se organizam e, com a ajuda externa, conseguem manter o mínimo. Outros alimentam os cães com pão molhado em molho de sebo, quando alimentam.

É preciso esclarecer que em muitos desses “abrigos”, que muitas vezes é apenas a casa de um louco qualquer, animais morrem também de fome e de sede. Entre lobos, o ômega só come se sobrar comida. Em um abrigo superlotado não é diferente. Se a comida não sobra, é certo que pelo menos um deles não come.

Essa introdução é pra levar um pouco de realidade àqueles que começam a ser despertados para a causa, mas ainda não têm a visão da realidade. É preciso conhecer para poder ajudar. É preciso entender, pra saber como a ajuda pode ser mais eficiente.

Ajuda financeira, ração, material de limpeza e remédios são importantes, mas nada é mais urgente que salvar esses animais. Nada é mais urgente que retirá-los do abandono. Esclareça-se que um animal confinado em um abrigo continua sendo um animal abandonado, indesejado, rejeitado.

Esclareça-se também que nosso propósito nunca é apontar o dedo e julgar ações humanas. Cada um faz o que pode, o que quer ou o que foi destinado a fazer. Nosso foco sempre será os animais.

Precisamos mostrar a realidade dos abrigos para que as pessoas, no lugar de planejarem montar um abrigo quando ganharem na loteria, se disponham a adotar apenas um. E que seja agora, pois eles não têm tempo a perder. Se quem tem fome tem pressa, quem nada tem, também.

Um desses abrigos foi há muito tempo idealizado por alguém que talvez até quisesse fazer o bem. Com a ajuda de boas almas, conseguiu uma estrutura como poucas.

Deu ao local, ironicamente, o nome de “CÃOZINHO FELIZ”, embora cãozinho feliz seja o que menos se veja em um abrigo de animais.

O abrigo em questão fica em local chamado Colônia, em São Paulo, SP, depois do final da Estrada de Parelheiros, conforme mapa e instruções constantes no final desta matéria.

Acreditamos que abrigos de animais não deveriam ser usados como depósito de vidas indesejadas. Deveriam ser casas de passagem, onde nenhum animal ficasse por tempo maior que o necessário pra se recuperar.

Pra mudar essa realidade, precisamos despertar adotantes. Se cada um que se sensibiliza com a causa conseguir entender o que é um abrigo e abrir sua vida pra receber um único animal, teríamos uma chance de esvaziar os abrigos.

Existe um desequilíbrio entre Animais abandonados, Protetores de animais e Adotantes. O resultado desse desequilíbrio é uma grande quantidade de animais morrendo pelas ruas sem socorro e um número ainda maior de esquecidos em abrigos e casas de protetores. Precisamos inverter essa pirâmide.

E não será com campanhas para arrecadar ração e medicamentos que vamos mudar isso. Só com o despertar de novos adotantes essa realidade poderá se transformar.

Esperamos ver o dia em que teremos lista de pretendentes à adoção, e os abrigos e protetores não terão animais pra entregar. Nem tampouco nas ruas eles estarão. Quem tiver um tesouro de quatro patas em casa, saberá reconhecer a dádiva da vida e o protegerá, como a um filho.

Virá o dia em que todos nós seremos protetores de animais.

Tentaremos aqui mudar alguns dos 200 destinos desse abrigo em especial, lembrando que abrigos se multiplicam pelos quatro cantos do mundo. Uma parcela da espécie humana já entende o que é preciso fazer.

E pra mudar tantas vidas, precisamos individualizá-las. Cada um deles é especial e, pelo menos nesta matéria, ganharão um nome, mesmo que provisório.

Luck, Princesa e Luana são três cãezinhos de pelo longo, daqueles que evoluíram pra dividir o sofá com os donos. Eles nem sequer têm resistência física pra enfrentar o frio ou o calor das ruas ou de um abrigo. Eles estão condenados a uma vida curta. Uma simples gripe, que é muito comum em abrigos de animais, pode matá-los.

Passam os dias deitados nos fundos do canil. Quando sentem a aproximação humana, se apressam a chegar próximo à grade, como se buscassem, no rápido contato dos dedos nas pontas de seus focinhos, repor as esperanças. Não há nada mais angustiante em um abrigo que ver animais mendigando carinho.

Esse item faltou na Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Talvez porque as carências são tantas que se optou por garantir-lhes apenas o mínimo, muito embora nem mesmo o mínimo lhes tem sido dado.

Dentro do abrigo, eles latem. Ainda não evoluímos o bastante pra traduzir latidos, mas a expressão corporal de animais se empurrando pra chegar às telas e se sentirem um pouco mais próximos dos “dedos que afagam” é evidente demais pra precisarmos traduzir.

Nos arredores do abrigo, local de gente carente, mais abandono. Os cães procuram ficar no portão do abrigo, como se imaginassem que lá dentro é o lugar de cachorro feliz, onde não faltam comida, afagos e cama seca.

A grama do outro lado parece mais verde. Mal sabem que, se entrarem, talvez não saiam com vida. Eles também são alimentados, algumas vezes com ração, outras com arroz, pão ou qualquer coisa que lhes dê, se não nutrição, pelo menos saciedade.

E, do lado de dentro dos muros, a vida segue, ou melhor, parece parar. A única luz refletida nos olhos dos animais é aquela que passa pelas grades.

Pepita é a dona de um dos olhares mais tristes. Ela virava a cabeça, como se tentasse entender aquela visita. Não sabe que a câmera tem o poder de levar seu sofrimento para fora do abrigo. Quem sabe alguém te reconhece, Pepita? Quem sabe este anúncio chega a alguém que mudará sua vida?

Esse é o desejo de quem tirou as fotos, mas é também o desejo de cada um que um dia já visitou um abrigo de animais.

Claro que encontramos sorrisos. Nem todos têm consciência da miséria de vida que levam. Muitos nasceram ali e não sabem que existe um mundo fora das grades.

Talvez interpretar a “língua de fora” como sorriso seja apenas conveniência de quem escreve a matéria, pra apagar a frustração de saber que, no final, apenas algumas poucas vidas serão transformadas.

É sempre assim: a cada matéria, nos enchemos de esperança, na torcida para que algo de diferente aconteça. E acontece: alguns são adotados e têm uma chance, mas, para a grande maioria, nada vai mudar. Muita gente vai ler, vai se sensibilizar, vai até tomar a decisão de fazer algo, mas o abismo entre a vontade e a ação, na maioria das vezes, é grande demais.

Só neste abrigo em São Paulo são hoje 115 cães à espera de uma adoção que nunca chega.

Se faltarão adotantes para tantos cãezinhos brancos, tricolores, dóceis e saudáveis, como o Luiz (foto abaixo), imaginem os companheiros de canil dele, pretos ou marrons.

Menina e Pretinho já estão no abrigo há tanto tempo que nem mais se lembram da vida do lado de fora. E mesmo que tenham alguma lembrança, não deve ser das melhores.

O Bidu não sabe o que é uma boa tosa há muito tempo. Talvez nunca tenha entrado em um Pet Shop. Quem foi capaz de abandoná-lo não era o tipo de dono que proporciona regalias a cães. No máximo, ele tinha ração da mais barata e uma casinha de madeira no terreiro.

Muitos têm como abrigo apenas uma telha de amianto encostada no muro. Donos assim tinham que deitar debaixo de uma telha dessas. Há muita gente que precisa sentir na pele pra entender.

Leninha, companheira do Bidu, é uma bela mestiça malhada. Ela também está há alguns anos no abrigo e já não se dá ao trabalho de receber bem os visitantes.

É preciso explicar que os latidos dos cães para os estranhos que se aproximam quase nunca representam hostilidade. Muitos deles param de latir assim que o visitante entra, se aproximam tentando interagir, pedindo carinho e tentando fazer amizade.

O que eles mais precisam é de amigos, mas amigos de verdade, daqueles com vontade e disposição de ajudar, de mudar uma vida.

Esta raposinha, mais parecida com um Pastor Belga miniatura, é a Tutti. Ela divide o canil com o Tobi, um neguinho festeiro, e o Alemão, um cão malhado com cara de poucos amigos, mas muito dócil e carinhoso.

Luana é uma cadelinha de porte médio, pelagem média e quase branca. Ela é jovem e interage muito bem com os amigos de canil. Parece uma Golden miniatura.

Com os amigos de canil, parecia cochichar, talvez apontando pra quem tirava as fotos. É claro que cães têm estágios evolutivos diferentes. Em muitos deles, habita um ser com inteligência pra entender coisas que muitos de nós ainda não conseguimos alcançar.

Ela parecia feliz com a visita, como se enxergasse uma chance de sair dali. A seção de fotos chegou ao fim e ninguém a convidou pra sair. Pra ela não há opção diferente de continuar esperando. Somos nós que decidimos o destino deles.

Natanael e Fumaça pareciam ter entendido os cochichos da Luana.

Em outro canil, os SRDs de boca preta, muitos deles com pelos brancos que indicam que o tempo de espera é longo. Eles ainda poderiam ter vida. Adorariam correr em um jardim, comer grama, perseguir grilos.

Máscara é um cão que deve ter sido uma pintura quando filhote. Ele cresceu ali e tornou-se adulto. Quantas adoções acontecem ali? Qual a chance de ser escolhido entre mais de 100?

Zangado e Dengoso não são anões. Zangado, de zangado não tem nada. Ele é dócil e recebe muito bem quem se atreve a lhe afagar. Já o Dengoso, está mais para Ligadão. Ele pula e faz festa, muita festa.

Carol e Lina também cresceram ali. Ninguém as adotou enquanto ainda eram filhotes. Hoje são SRDs de porte médio. As manchas brancas bem distribuídas seriam um atrativo a mais, se não tivessem tantos cães iguais.

Lucas é um mestiço de Labrador, esquecido há anos no abrigo. Ele é um bom amigo. Tem o olhar triste e é tímido com desconhecidos. Refugia-se no canil e prefere observar de longe, mas assim que percebe que outros amigos do canil estão recebendo afagos, ele se aproxima pra reivindicar a cota que lhe cabe.

Em um abrigo com 115 cães, é claro que encontramos verdadeiras raridades, muito embora os maiores tesouros estejam além do que conseguimos ver.

A Luz é uma lobinha com um olho castanho e outro azul. Ela parece mestiça de Husk e, pra mostrar ao mundo o lobo que ainda lhe habita, fez pose para a foto, simulando um uivo que, em razão de sua triste realidade, estava mais para um sonoro lamento.

Veludo é um cachorro preto que parece mesmo de veludo. Ele é jovem e parece ter menos de um ano. Os dentes brancos e o pelo cheio de vida apontam pra um lobo ainda feliz e pronto pra conhecer o mundo.

Marina é uma lobinha pintada, padrão Pointer. Uma mancha marrom bem abaixo do olho direito parece ter sido pintada à mão. Assim como a maioria dos cães de abrigo, ela se mostra desconfiada, mas se rende ao primeiro afago.

Mais oferecido que a Marina é a sua versão masculina. Eles devem ser irmãos. No caso do Greg, a mancha foi pintada nos dois olhos. Fariam uma bela dupla. Por que não imaginar uma adoção conjunta?

Vitória e Ernandes são legítimos representantes dos lobos bobos, daqueles que aceitam ser jogados pro alto. Eles aceitam tudo, só pra ter o afago de mãos humanas, ainda que seja por alguns poucos segundos. Também são pretos, sem raça, pelo curto e porte médio.

Serão muito felizes se um dia a vida trouxer pra eles um adotante especial.

E como em qualquer abrigo, há também as enfermarias, onde o sofrimento daqueles ainda debilitados pode ser sentido.

Este filhote não parece bem. Se cães adultos e fortes são capazes de definhar rápido, que chance pode ter um filhote magricelo como este? Fizemos a matéria, sem saber se ele ainda está lá.

Alguns sofreram tanto nas mãos de donos covardes que preferem manter distância de gente. Só o tempo e, talvez, um anjo da guarda, poderiam devolver-lhes a confiança na espécie humana.

Eles precisam de tempo e paciência. Como tempo e paciência são luxos nem sempre presentes em um abrigo, é possível que eles passem pela vida sem saber o que é um afago.

Este é o caso do Negão (preto com focinho branco da idade), Elvis (o cabeludo) e Ramon (um SRD capa preta de focinho esbranquiçado).

Tobias é um cão peludo e porte médio. Diante da aproximação de estranhos, ele deita próximo ao portão e permanece tranquilo. Parece querer mostrar que é um cão dócil e calmo, ideal como companhia de pessoas idosas.

Ele seria o cachorro mais feliz do mundo se tivesse uma varanda em piso frio, onde pudesse deitar pra ver o movimento da rua. É o tipo de cachorro que enfeitaria qualquer ambiente.

O mesmo se pode dizer do Luck, um Poodle quase puro, mas que há um bom tempo não sabe o que é uma boa tosa. O pelo embolado lhe causa dor, a ponto de ele andar com dificuldade. O calor intenso dos últimos dias lhe tem imposto um sofrimento inimaginável.

Por experiência de casos parecidos, é possível prever que, debaixo daquele emaranhado, há uma pele ferida, irritada, com assaduras causadas pela urina e fezes que muitas vezes acabam sujando seu pelo.

Conforto térmico é o mínimo que se deve proporcionar a um cão de abrigo. Afinal, o calor e o frio matam. No entanto, como dar assistência a animais de pelo longo, se são poucos em mais de 100 animais?

Tocá-los e acariciá-los, nesse estado, não ajudará. Ao contrário, muitas vezes provoca mais dor. Com isso, ele vai aprendendo que mãos humanas ferem, mesmo que a intenção não seja essa.

A curiosidade dos que chegam às grades é o reflexo do desespero. Uma vida inteira entre telas, sem espaço, sem correr, sem cheirar nada diferente, sem um rastro a seguir.

Se já é angustiante demais ver os adultos se amontoarem nas grades pedindo carinho, imagine o que é o recinto dos filhotes e adolescentes.

Eles ainda precisam brincar, mas a rudeza de um abrigo retira deles a energia, a saúde, a alegria.

Nos raros momentos em que alguém entra nos canis, mesmo que seja apenas para melhor posicioná-los para fotos, coisas que só acontecem raramente, eles disputam cada dedo, como se pedissem: “-Cutuca eu, por favor!”.

Já nem pedem colo. Isso é luxo que não conhecem. Um único afago em meses já é uma loteria pra qualquer um deles.

São poucos dedos pra muitos cachorros. Muitos se sentem felizes por terem conseguido lamber alguém.

Não podemos esquecer ainda os sarnentos. São situações angustiantes que se arrastam há anos. Pra quem não sabe, algumas dermatites não são transmissíveis, nem mesmo para outros cães. Têm como causa primária o estresse e a tristeza.

O resultado é que passarão a vida feridos, porque só conseguirão se curar quando puderem fazer o tratamento em um ambiente alegre.

A única chance deles é se alguém chegar ao abrigo e sentenciar: “-Quero levar aquele sarnento.”.

E são tantos os especiais que lá estão que essa matéria precisa chegar a pelo menos 50 humanos especiais, com disposição para salvar uma vida, mesmo sabendo que precisarão de cuidados.

Para os sarnentos, nunca tem colo. Eles nem sequer disputam os afagos dos visitantes. Parecem saber “seu lugar”.

Lugar de cachorro sarnento é encolhido, nos fundos do canil. Ninguém tem coragem pra colocar no colo e fazer carinho.

Nós sabemos que vocês são especiais, tanto quanto os outros. Esperamos que essa matéria chegue a alguns dos “filhos dos novos tempos”.

E enquanto esses filhos não chegam, os saudáveis, dóceis e sociáveis se espremem pra disputar um lugarzinho nos poucos colos que se oferecem.

E eles são tão humildes que basta um pouquinho de colo pra transformar a expressão.

Na ala dos “fraldinhas”, uma turminha que, se não sair de lá, em poucas semanas serão mais adultos pretos e médios.

Eles choram, como se soubessem o que a vida lhes reserva. Quando são pegos para fotos, os pais se aproximam e cheiram os filhos. Parece que querem desejar a eles sorte melhor do que a deles.

Filhotes de 4 meses, em qualquer lugar do mundo, estariam pulando nas pessoas e mordendo todos os dedos, sapatos e o que estivesse ao alcance dos dentes.

No entanto, em alguns lugares, eles são assustados e se escondem.

E, se os nascimentos não dão trégua e as adoções não acontecem, os 115 de hoje serão 400 amanhã. Um dia, eles começarão a morrer também de fome.

Em abrigos assim, as mortes são constantes. Todos os dias, vidas se perdem. Esperamos que não chegue o dia em que, pra fazer as pessoas entenderem, precisaremos preparar uma matéria inteira só com fotos dos cadáveres.

Não chegaremos a tanto. Vamos tentar mostrar apenas alguns que, por um milagre ou vontade do destino, continuam vivos, não se sabe até quando.

Se imagens assim não são fortes o bastante pra sensibilizar as pessoas, não sabemos mais o que mostrar.

Depósitos de animais como este existem aos montes e continuam se espalhando pelos quatro cantos do mundo. A maioria deles teve início com um único resgate e a enorme vontade de salvar uma vida.

E como sempre, erros acontecem, alguns por ignorância, por incapacidade, mas outros, movidos por sentimentos menores, como vaidade, orgulho, ganância, arrogância e tantos outros próprios da espécie humana.

Este caso, como muitos outros, traz uma série de problemas ainda sem solução, fruto da insanidade humana. Em razão da distância, não tivemos a oportunidade de visitar o abrigo e sentir de perto a real situação. As fotos e informações nos foram passadas por um grupo de protetores que se mobilizam pra tentar ajudar.

Algumas das informações que recebemos não serão aqui divulgadas, porque não é e nunca foi nosso objetivo propagar denúncias. O foco do Projeto O Lobo Alfa sempre será a proteção animal. Alertamos de que o caso é mesmo muito grave e esses cães precisam ser salvos.

Os animais não têm culpa e, com base nesse princípio, buscamos uma mobilização capaz de transformar aquelas vidas. Eles precisam ser retirados de lá.

Gostaríamos de que todos eles pudessem sair nos braços de bons adotantes. No entanto, muitos deles precisam deixar o abrigo nas mãos de outros protetores. Se cada protetor assumir um único animal, ainda que provisoriamente, conseguiremos mudar essa realidade. O Portal O Lobo Alfa para o Estado de São Paulo (http://oloboalfa.com.br/?regiao=sp) estará à disposição para o anúncio individual de cada um dos animais que deixarem o abrigo.

O Estado de São Paulo possui mais de 40 milhões de habitantes, dos quais mais de 11 milhões somente na Capital. Se esta matéria circular amplamente no Estado, ou pelo menos na cidade, conseguiremos salvar muitas vidas.

As adoções, as entrevistas e o agendamento de visitas será intermediado por protetoras envolvidas no mutirão de ajuda.

ATUALIZANDO: Em Agosto de 2014, alguns protetores conseguiram legalmente assumir a tutela de todos estes animais. Eles vêm se desdobrando pra vacinar, vermifugar, castrar e até mesmo para retirá-los do inferno em que viviam.

Infelizmente, como já era de se esperar, muita gente entendeu que, com a troca de tutores, o caso estaria resolvido. Não está. As protetoras continuam precisando de muita ajuda, tanto para a doação dos cães, quanto para terminarem a construção dos canis na futura nova sede.

Outras forma de ajuda são também bem vindas, como trabalho voluntários, ração, remédios, jornais, etc.

Contato para adoção:  Cristina Seabra: (11) 9 9373.4502 claro / 5926.8413.

Bruna: (11) 9 7116.1482 / 3578.4008.

E-mail: Bruna: bruvd@ig.com

Comentários / Mais informações sobre o anúncio devem ser obtidas com os anunciantes, no telefone ou e-mail indicados acima.