Estes dois foram encontrados no Bairro Renascença no dia 08/11. Ficaram uma semana na porta da casa de uma estudante de biologia. De tanta insistência, ela decidiu abrigá-los. O macho é o maior e tinha na época cerca de 2 a 3 anos. A fêmea é a menor e mais clara e tinha de 7 meses a 1 ano.
Encaminhados ao veterinário, foram vacinados, vermifugados e fizeram vários exames, que acusaram saúde perfeita.
Ganharam nomes, já que passaram a fazer parte da família, Adenina e Telômero (uma homenagem à biologia molecular). Não sabemos o que significa esses nomes, mas podemos afirmar que não são feios. Sua protetora, como futura bióloga e veterináia, certamente os escolheu carinhosamente.
Mas é certo que os dois gostaram muito, já que atendem aos chamados sempre com a cauda inquieta.
Depois de vários meses anunciados em Achados e Perdidos, recebemos uma mensagem da Rafaella nos pedindo que retirássemos o anúncio. Afinal, agora eles já tinham um novo território. Foram adotados em definitivo pela própria Rafaella, que os resgatou.
É com alegria que inserimos a matéria em FINAIS FELIZES. Isso porque nada pode ser melhor para os cães que serem adotados por seus próprios salvadores.
No caso deles, a história foi um pouco além. Logo após o resgate, a Rafaella descobriu que a Adenina estava prenhe. Certamente filhos de seu inseparável companheiro. Eles de fato tinham uma cumplicidade. Após fecundar a fêmea, a maioria dos lobos segue o seu caminho errante.
Poucos são aqueles que permanecem ao lado da fêmea. Esses machos especiais geralmente ajudam a cuidar e a proteger os filhotes. Eles têm uma perfeita noção de matilha, ou melhor, de família.
Estava claro que o Telômero era especial.
Os filhotes nasceram e, conforme esperado, o Telômero permaneceu firme em seu posto de macho alfa, protegendo sua família.
Os dias se passaram, os filhotes cresceram e desmamaram. Foram todos doados. Já um casal tão especial, não poderia ter outro desfecho. Eles mereciam um território só deles.
Foram então devolvidos à natureza, já castrados e prontos para a vida livre.
Claro que não voltaram para as ruas. Eles hoje vivem em um sítio da família que os socorreu. São respeitados e protegidos. Vivem as delícias da vida livre, sem os perigos dela. Já estão completamente adaptados e felizes. Correm livres por todo o território, como se tivessem nascido ali.
Um resgate de Rafaella Maia: rafagnmaia@hotmail.com
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