Em nossa última visita à SMPA, por ocasião do recente mutirão de vacinação, decidimos passar pelo gatil, apenas pra lembrar que eles existem.

E, assim que entramos, uma gatinha tricolor veio ao nosso encontro, ronronando e pedindo colo. Dei a ela o nome de Minie.

Notei que ela tinha uma perna traseira destruída, possivelmente por um atropelamento. Parecia ter se partido e cicatrizado na posição errada. Ela andava e não parecia sentir dor, mas sem muita mobilidade.

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Estava também muito magra, quase esquelética.

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Havia chegada há apenas uma semana na SMPA, já naquele estado.

Alguns sinais eram muito claros. Ela não era uma gata de rua, pois se mostrava muito dócil, chegando mesmo a pedir colo a qualquer estranho que entrasse no gatil. Estava claro que, depois do acidente, ela se perdeu e se curou sozinha.

A desnutrição estava evidente. Sozinha e sem uma perna, claro que não conseguia caçar nem mesmo grilos. Essa, seguramente, era a razão de seus ossos aparentes.

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Publicamos sua foto e a história presumida na matéria principal, na esperança de que algum protetor de gatos pudesse fazer algo por ela e por todos os outros felinos que lá estão.

Não seria um resgate fácil, porque ela talvez viesse a precisar de cirurgia. E não é qualquer pessoa que se dispõe a resgatar um animal, já sabendo que a luta será longa e que ele dará muita despesa.

Assim que a matéria foi publicada, ela foi resgatada pela Marisa Venâncio, que a levou à Clivet, com a recomendação de que tudo fosse feito por ela.

Fez muito mais exames que o padrão para adoção. Os exames indicaram ótima saúde. Ela estava negativa para Fiv/Felv e também para hematozoários, e com perfil renal normal.

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Na clínica, ela provou que é mesmo especial. Ronronava e pedia colo mesmo durante a retirada de sangue para os exames.

Os exames ortopédicos revelaram que sua perna não tinha fratura, mas uma grave luxação que virou o joelho, o que, ao contrário do que imaginávamos, provocava muita dor.

A boa notícia era que uma cirurgia ortopédica poderia melhorar bastante as condições dela. Como a intenção daquele resgate era mesmo fazer o melhor por ela, nada foi poupado. A cirurgia foi autorizada e a Alice, nome que passou a ostentar depois do resgate, passou por todo o procedimento, com colocação de pinos externos.

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O pós cirúrgico está transcorrendo muito bem e ela já começa a ganhar peso. Pela forma como avança na ração, fica claro que a magreza ali era mesmo fome.

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Ela está muito bem e, em breve, poderemos mostrar aqui sua evolução, mas as últimas fotos já mostram uma gatinha mais animada e até mais gordinha.

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Esta semana nossa tigrinha começou a fisioterapia. As fotos abaixo foram feitas no primeiro dia de fisioterapia. Primeiro, indo para a clínica, na caixa de transporte e abaixo, dando alguns passinhos.

Após a alta médica, teve início a acupuntura e fisioterapia. Alice encontrou de fato seu anjo da guarda. Ela agora não é mais uma gatinha sem ninguém.

Alice

O final da história não podia ser melhor. A Alice é hoje parte da família da protetora que a salvou. Ainda postaremos aqui as fotos da menina junto com seu novo bando, feliz em sua nova casa.

Um resgate de Marisa Venâncio: mvenanciomendes@gmail.com

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