Essa não é uma campanha comum. Tem sido uma tentativa constante de salvamento.

Esta era a casa de alguns deles e continua sendo da maioria. É assim que eles vivem, ou melhor, tentam sobreviver.

A feira especial da Brigada Planetária, que aconteceu no dia 29 de março, foi o ponto de partida para uma tentativa de conseguirmos mudar aqueles destinos.

Hoje, pelo menos 65 animais já deixaram a casa de D. Tereza e outros estão prestes a partir. O trabalho continua e vai continuar por mais algum tempo.

Usaremos este post para divulgar fotos de alguns dos finais felizes.

Bob foi um dos primeiros a deixar o lugar (Os primeiros foram ET e Vovozinha). Ele até que estava escalado pra ir à feira, mas sua adotante não quis esperar e o buscou na véspera, o que deu a chance de outro cãozinho tentar a sorte em seu lugar.

Nas primeiras fotos, ele ainda na casa de D. Tereza, triste e sujo. Nas fotos recentes, o garoto já tosado e curtindo a boa vida de seu novo território. Ainda não sorri como seu novo amigo, mas é só uma questão de tempo.

Princesa esteve na segunda feira. Foi adotada, devolvida e depois adotada de novo.

Menina tinha sido resgatada havia poucos dias. Foi encontrada atropelada e prenhe, com os filhotes já mortos em seu ventre.

Além da infecção que já se iniciava com os fetos em decomposição, tinha também uma hemorragia no fígado. Precisou ser operada às pressas mas, graças aos cuidados que recebeu lá na Cães e Amigos, ela pôde ir à feira e tentar a sorte. E que sorte ela teve!

Já temos fotos da garota em sua nova casa.

Britney havia sido jogada na rua pela família, porque ela andou distribuindo dentes entre eles.

Chegou ao abrigo há 2 anos e, nesse período, foi socializada pela força da matilha. A lobinha que chegou à feira era festeira, alegre e muito carente. Também ganhou uma nova família.

Peri era outro velhinho. O focinho esbranquiçado indicava seus quase 5 anos de vida, ou mais.

Fabinho foi o terceiro filhote. Completou 5 meses no dia da feira. Também chegou ao abrigo no ventre da mãe. Com tão pouca idade, era de se esperar um cãozinho alegre e saltitante. Infelizmente, nenhum filhote é assim em uma matilha tão grande.

São tantos adultos pra disciplinar que eles não têm o direito sequer de viver a infância.

Dele foram as primeiras fotos que recebemos do adotante.

Lilica é outra coisinha de colo. É jovem ainda, muito carente e carinhosa. Calculávamos sua idade em torno de 3 anos, dos quais, mais da metade ela passou no abrigo.

Foi também adotada e hoje é chamada de Nina.

Fofinho, daqueles que foram escalados para ser levado à feira, era o caso mais difícil. Chegou bem jovem ao abrigo e passou a vida ali, escondido em um canto qualquer. O tempo passou, levou-lhe a juventude e os dentes. Com aproximadamente 10 anos de vida, ele tinha um único dente que já não servia mais pra nada.

Na casa de D. Tereza, ele comia os restos de comida humana que costumavam chegar todos os dias em um balde, levado por uma funcionária de um restaurante local.

Ele iria precisar de alimentação especial e acompanhamento médico. Ele merecia encontrar alguém disposto a dar a ele um final de vida mais digno.

Rogerinho é o cara. Lobinho parrudo e pequeno. Ele nos parecia calmo, mas na verdade, já tinha sofrido o suficiente e aprendeu que precisa se impor pra viver. Por isso, é assustado e, por vezes, mostra-se agressivo, embora, durante a feira, tenha aceitado o colo e os afagos de muitos estranhos.

Passou um período em um lar temporário, foi socializado, inclusive com crianças e pôde, finalmente, partir para sua nova casa. Já chegou fazendo festa com os novos donos, pedindo colo, sem cerimônia.

Camilo foi levado às duas primeiras feiras. Da primeira, voltou para a casa de D. Tereza. Da segunda, partiu para a nova vida, no colo de uma das voluntárias que estavam trabalhando na feira.

Foquinha era outra cadelinha que não tinha atributos de feira, se é que pra participar de feira precisa de atributos. Na verdade, em qualquer feira de adoções, os animais que ali estão já foram rejeitados e abandonados.

Na nossa feira, a situação era um pouco pior. Os visitantes não encontrariam cãezinhos felizes e saltitantes, abanando o rabinho e pedindo pra serem escolhidos. Quase todos são tristes, como a Foquinha.

Estrelissa até poderia se chamar Asa Delta, não só pelo formato de suas orelhas, mas pela capacidade de alçar voo. Ela é fujona, apesar do tamanho micro. E ninguém a pega se escapar. Passou todo o tempo tentando fugir do cercado.

E as adoções começaram a acontecer. Britney foi recebida de braços abertos.

Depois dela, foi a Lilica, que já saiu do cercado para as prateleiras da Pet House pra escolher os acessórios. Foi paparicada pelos funcionários, recebeu carinho, os votos de felicidades dos voluntários e seguiu seu caminho, no colo, onde deveria ter crescido.

Foquinha também ganhou na loteria.

Ana Maria já havia nos contatado pelo Facebook e prometido que estaria lá para adotar o Fofinho, o velhinho de apenas um dente. Como ela foi acompanhada do marido Roberto e o Fofinho era muito pequeno, sobrou braços pra pouco cachorro.

Com isso, a Tieta acabou indo junto. Sorte a dela.

Branquinha foi uma adoção que também emocionou a todos. Eliane chegou contando que queria um cãozinho especial como sua filha, a menina Emmanuelli Vitória, de 4 anos, que teve paralisia cerebral. Ela já tem dois cãezinhos idosos em casa e a Branquinha passaria a dividir a cama com a Emmanuelli.

A menina tem paixão por animais e ficou deslumbrada com a Branquinha. Acariciava com cuidado e delicadeza que poucas vezes temos o privilégio de assistir.

Quem podia imaginar que aquela cachorrinha que chegou filhote ao abrigo e que cresceu ali, tivesse uma missão tão especial?

O tempo avançava e os encontros continuaram acontecendo. Menina, Peri, Poly, Camila Pitanga, Estrelissa, Pera e Fabinho.

Lalá é uma mesticinha de Poodle com “pano de chão”. Era dócil mas assustada e parecia não ser muito fã de crianças. Mais uma que precisaria encontrar os donos certos. Esteve em uma de nossas feiras, mas não teve sorte.

Dias depois, encontrou a paz. Passou uma temporada aos cuidados da Jaquelyne, a adotante de ET e Vovózinha, quando foi então socializada. De lar temporário a definitivo. Hoje é parte da matilha. A menina assustada se transformou.

Na feira, não havia nada de diferente. A sequência abaixo mostra como o desânimo e a tristeza tomaram conta. No início ela até que latia muito e aceitava os afagos dos visitantes, mas o dia foi longo demais, mais do que ela estivesse disposta a esperar.

Abaixo postaremos as fotos de cada um dos adotados acima, já na nova casa. As primeiras fotos que recebemos foram do Fabinho. As fotos vieram junto com uma mensagem:

Eis! Adotei um pequeno com vocês: o Fabinho. Adorável. Está amando o novo lar. No momento, tratando de uns probleminhas. Mas fez hemograma e outros exames e está perfeito. Agradeço demais a vocês por terem resgatado a mãe dele. Sem isso eu não teria o grande companheiro que tenho.

Fofinho e Tieta não querem outra vida. Ambos voltaram a sorrir e até brincar.

Até hoje recebemos notícias e fotos de Fofinho e Tieta. Eles são cãezinhos muito felizes.

Fofinho e Tieta 1 Fofinho e Tieta 2

Lilica e Menina trocaram de vida, e de nome. Lilica está sendo chamada de Nina e a Menina, agora é Kika.

Pica e Sara também ganharam tiveram final feliz. Adotadas juntas, em uma feira de adoções da Brigada Planetária.

Camilo também teve a mesma sorte. Ao final da segunda feira, ele era dos mais tristes. Tudo caminhava para mais uma volta angustiante ao abrigo, mas acabou adotado pela Vanessa, uma das voluntárias que ali estavam pra ajudar a encaminhar aquelas vidas.

Losan também foi adotado, depois de uma longa espera em lar temporário. Oh Vida boa!

Pra quem chegou agora e quer entender como tudo isso começou, eis o link da matéria principal.

http://oloboalfa.com.br/nao-era-esse-o-combinado/

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