Quando os lobos se aproximaram de nós, há cem mil anos, nasceu ali um pacto de amizade. As duas espécies evoluiriam juntas, cresceriam juntas, se apoiariam, se protegeriam. Nós não cumprimos o combinado.
Mais um pedido de ajuda, pra variar, feito por terceiros a favor de… (melhor não rotular).
O foco, desta vez, uma senhora chamada Tereza, no Bairro Jaraguá, já conhecida na proteção animal. Uma rápida pesquisa nos dava conta do tamanho do problema.
Informações desencontradas e contraditórias nos traziam a insegurança quanto ao que iríamos encontrar. Mais uma acumuladora ou uma protetora sem recursos?
Logo na chegada, nos deparamos com uma placa na fachada. Pelo menos ela tem amigos.
Erros de julgamento são comuns e também não estamos isentos deles. Não podíamos nos levar pelos dizeres da placa. Tínhamos que ser imparciais, que filtrar as informações e tentar entender, até mesmo pra saber de que forma a ajuda seria mais eficiente.
Deparamo-nos com uma pessoa humilde, sem câmera fotográfica, sem computador em casa, que ganha a vida (se é que ganha) como manicure. Apesar disso, conhecemos uma pessoa lúcida, equilibrada, bem humorada, forte e muito, muito inteligente.
Dona Tereza tem mais de cem cães em casa e mais uma penca de gatos, todos misturados em um mesmo ambiente.
Apesar disso, conhece pelo nome cada um deles (e não se confunde). Identifica os latidos, as personalidades, sabe da história de cada um. Dá notícia de todos, individualmente. Muitos chegaram ainda filhotes e estão lá há quase 10 anos.
ATUALIZAÇÃO: Filhotes adotados.
Até mesmo filhotes recém-chegados têm nomes, e não são nomes provisórios, como os que tantas vezes escolhemos às pressas, de qualquer jeito, por falta de boas idéias.
A verdade é que, nem se ela espalhasse esmalte com rolo conseguiria, como manicure, sustentar tantos animais. A ajuda chega, mas no máximo mantém as coisas como estão. É preciso um pouco mais.
Os animais têm comida (pra ela já não tenho certeza), que chega todos os meses de pessoas que a ajudam, talvez as mesmas que fixaram a placa de agradecimento na fachada.
Todos eles têm também assistência médica de primeiro mundo. Isso porque duas clínicas veterinárias, das melhores, dão toda a assistência à Dona Tereza.
Com incontáveis animais dividindo o mesmo espaço, as brigas e rosnados são constantes. Era de se esperar que, vez ou outra, D. Tereza perdesse a paciência. No entanto, todas as vezes que ela se dirigiu a eles, mesmo nos momentos de tensão, na tentativa de separar uma briga, foi com doçura, chamando-os pelos nomes.
Quando chegamos, D. Tereza estava terminando de lavar o pátio. Quando terminou, ela não parou de limpar, já que os cães continuavam fazendo suas necessidades e ela tem o cuidado de ir catando pra não deixar juntar. Imaginamos que essa rotina não deve ter trégua.
Apesar disso, mostra-se a mais paciente tutora que aquelas vidas poderiam ter. Pra ela, aqueles mais difíceis são “crianças arteiras”. A farra da Lindalva brincando com a água da mangueira não é menor que as brincadeiras com sua filhotinha Bolinha, com apenas 3 meses de vida. Só pra explicar, a Lindalva chegou aqui prenhe.
ATUALIZAÇÃO: Bolinha e Pipoquinha adotadas. A mãe, Lindalva, ainda espera por adoção.
Apesar de tudo, alguns ainda brincam. Vimos por lá muitas duplas, trios e turmas já prontas.
E, como em qualquer abrigo de lobos, os tigres são os mais esquecidos. Dentro da sala, um punhado de gatos que têm como território o alto de um armário que deve medir um metro e meio por cinquenta centímetros de largura, colocado ao lado da janela. Ali eles comem, dormem e vivem.
Com exceção dos filhotes que ficam em gaiolas, os gatos não estão amarrados ou presos. Apesar disso, não se arriscam a ir pro chão, porque a visão do andar debaixo é aquela mostrada na primeira foto abaixo. Tampouco se arriscam a sair pela janela, já que, no pátio externo, a densidade populacional de lobos é ainda maior.
Poucas vezes a precariedade da situação dos gatos nos tocou tanto. Não é possível descrever o que sentimos vendo-os ali. Não ter vacinas para os gatos no mutirão de vacinação da SMPA não foi nada perto do que sentimos em relação aos gatos de D. Tereza.
Tentamos imaginar o que é a vida deles ali, confinados no alto de um armário. Aqueles centímetros quadrados são a vida deles, uma vida de sofrimento indescritível. Infelizmente, a casa de D. Tereza virou uma espécie de depósito onde as pessoas despejam seus animais, muitos jogados pelo portão.
Gente que faz isso… (melhor pular essa parte e tentar focar no que interessa).
Fomos bem recebidos por D. Tereza. Naturalmente desconfiada em relação a estranhos, ela já havia sido informada por pessoas de sua confiança que éramos do bem e que queríamos ajudar.
A exemplo de quem lhes ensina sobre a vida, os cães também nos receberam muito bem, como normalmente ocorre em qualquer abrigo de animais. Alguns arranhões fazem parte do pacote.
Em trabalhos assim, são comuns sentimentos como angústia e tristeza. Claro que todos são especiais, mas alguns acabam nos despertando sentimentos mais fortes.
Alguns já estão morrendo. Não é um diagnóstico médico, mas já aprendemos que eles morrem primeiro pelos olhos, quando deixam de brilhar.
ATUALIZAÇÃO: Como se fosse uma profecia, este menino não durou muito. Ele morreu pouco depois.
Estes dois velhinhos abaixo passam o dia deitados em uma caminha no canto da sala, ao lado do armário dos gatos. Não é só a idade avançada, mas notamos que eles ficam inseguros e com o rabinho entre as pernas quando precisam se aventurar entre pernas maiores.
A experiência não deve ser das melhores. Pisoteios e esbarrões são constantes e devem doer muito. Eles são velhinhos e, segundo D. Tereza, estão há anos por lá. Vez ou outra chega alguém disposto a adotar um cão pequeno, mas a confusão na porta da rua é tamanha que logo desistem. Além do mais, os visitantes nunca chegam onde ET e Vovozinha estão.
Sem serem vistos, passaram pela vida sem que pudessem pelo menos se apresentar a algum pretendente. Quem sabe agora, com essa matéria, alguém os encontra?
A história deles é muito triste. O ET entrou em uma oficina buscando por socorro. Os funcionários o confundiram com um gambá e, por pouco, não foi morto. Ele está há muitos anos na casa de D. Tereza. Passou pela vida sem nunca receber uma só visita. Agora está velho e, mesmo que seja adotado, não terá muito tempo.
Vovozinha também foi abandonada e entrou em um prédio, pedindo socorro. O socorro que os moradores lhe deram foi chamar o CCZ, que a recolheu, castrou e devolveu para as ruas do Bairro Jaraguá, quando foi recolhida por D. Tereza. Ela também já deixou a infância há muitos anos.
Infelizmente, outro fato dificulta um pouco a adoção deles. É que são unidos demais e não podem ser separados. Um chora muito sem o outro. Até mesmo ao veterinário eles precisam ir juntos. Acreditamos que, se um for adotado e deixar o abrigo, o outro morrerá em poucos dias. Eles têm um pacto de morrer juntos.
ATUALIZANDO: ET e Vovózinha foram adotados. Viveram felizes enquanto deu. Corriam e brincavam pela casa. O ET não está mais entre nós. Partiu enquanto dormia, e parecia sorrir. Vovózinha morreu algum tempo depois.
Outro caso tão angustiante quanto do casalzinho acima é o de Fofinho. Ele é um Poodle minúsculo. Deve pesar no máximo uns 3 quilos.
Também chegou por lá há muitos anos e nunca foi adotado. A idade chegou e lhe levou os dentes. Restou apenas um, que não lhe serve mais pra nada. Fofinho é o único que não come a mesma ração que os demais. Dona Tereza divide com ele a pouca comida humana que entra naquela casa.
ATUALIZANDO: Focinho foi adotado. Sempre recebemos fotos dele, com seus irmãozinhos. Tieta, outra pequenina de d. Tereza, é uma de suas companheiras.
Ele precisava de um adotante que pudesse lhe proporcionar uma alimentação mais adequada às suas condições. São muitas as opções que ele, certamente, adoraria experimentar.
A situação é mesmo das mais tristes. Dona Tereza precisa de toda a ajuda possível: ração, material de limpeza e higiene, cestas básicas (além do Fofinho, ela também precisa comer e sua renda sempre serviu mais aos animais que a si própria), vacinas e remédios.
Mas, mais que tudo isso, ela precisa ter direito a viver. Os animais precisam também de uma vida diferente da que têm ali. A situação impõe sofrimento extremo a todos os envolvidos e a única forma de minimizar, é retirar de lá o máximo possível de animais.
Só com adotantes aos montes e mobilização de protetores vamos conseguir salvar aquelas vidas.
E, como em qualquer bom anúncio de adoção, nada é mais convincente do que o olhar dos animais. Se os olhos são as janelas da alma, é por eles que os animais serão reconhecidos. É por eles que as pessoas vão se afeiçoar.
Por isso, tentamos registrar olhares. E o que vimos naqueles olhos, mais que qualquer outra coisa, foi pedido de socorro e tristeza. Muitos deles nem sequer imaginam que existe um mundo diferente do lado de fora. Acostumaram com aquilo e parecem conformados.
Entre os pequenos, encontramos Poodles, Pinschers, Fox e SRDs de porte micro.
Britney é uma cadelinha Poodle, das mais bonitinhas que já vimos. É pequena e tem carinha de filhote. A informação que tivemos foi que ela foi colocada pra fora de casa porque mordeu boa parte da família, era arredia e brava.
Entretanto, quando nos depararmos com aqueles olhos tão expressivos e sofridos, não resistimos à tentação de acariciá-la. Ela aceitou os afagos, como se não se lembrasse do quanto eram bons. Não esboçou qualquer reação agressiva.
Já está na casa de D. Tereza há muitos anos. O sofrimento ensina e o poder da matilha opera milagres. O fato é que ela não é mais brava e arredia. É uma cadelinha que nasceu pra ficar no colo, mas que não encontrou donos que se dispusessem a ensinar isso a ela. Talvez soubesse que não seria feliz naquela casa e manifestou, do seu jeito, que queria ir embora.
Mas ela não imaginava que a vida do lado de fora pudesse ser tão dura. Não dá mais pra consertar o passado e recuperar os anos perdidos, mas esperamos que ela não termine seus dias ali.
ATUALIZANDO: Britney foi adotada.
Acreditamos que ali na casa de D. Tereza tenham muitos cães que se perderam, que foram procurados pelos donos e nunca encontrados.
Chuchu é um desses. Ele foi encontrado há um ano, com coleira e guia, no Bairro Dona Clara. Quem sabe encontramos seus donos. O mesmo vale para a amiga dele. Os dois são muito parecidos e parece que já tiveram donos.
Seria muito bom que encontrassem seus donos, mas este nem sequer será o nosso foco. Eles precisam sair dali, mesmo que seja nos braços de novos donos.
ATUALIZANDO: Chuchu e Princesa foram adotados.
Bonequinha e Kempes foram deixados amarrados na porta da casa de D. Tereza, talvez pelos donos, talvez por alguém que os encontrou e foi esperto o bastante pra transferir o problema pra D. Tereza, pensando apenas no próprio umbigo e desprezando as dificuldades daquela senhora.
Eles choram muito quando são separados e precisam continuar juntos. Precisamos ainda convencer D. Tereza de que algumas separações serão necessárias. Não podemos dificultar a sorte deles.
ATUALIZANDO: Kempes e Bonequinha foram adotados. Vivem separados, mas são felizes.
Riza e Pérola são duas ratinhas. Riza tem uma incontinência e defeca seguidas vezes. Isso impediu sua adoção e ela é uma séria candidata a terminar os dias ali.
Pérola foi resgatada prenhe e teve seus filhotes em Outubro de 2013. Os pequenos já foram adotados e ela é uma das fêmeas que ainda não foram castradas. Será a castração agendada nos próximos dias.
ATUALIZANDO: Riza e Pérola foram também adotadas.
O Neguinho é um Pinscher, com rabo cortado e tudo, meio misturado. Ele devia estar descansando em um sofá, mas ali, precisa se impor pra ser respeitado. Ele sofre Bullying por causa do tamanho. Já é velhinho, como se pode ver pelo focinho esbranquiçado.
Morena é uma lobinha vira lata bem pequena, ótima para apartamento. É jovem ainda e deve ter no máximo um ano e meio. Bidu é um cãozinho assustado e triste.
ATUALIZANDO: Morena e Bidu foram adotados.
Paco foi encontrado filhote, na porta do posto de saúdo do Jaraguá. Não foi adotado, cresceu e hoje é um macho adulto de um ano e meio. Peri é um cãozinho de “orelhas de abano”, já no auge de seus 9 anos de vida. Eles são da turma dos pequenos. Ainda têm chance.
ATUALIZANDO: Paco e Peri adotados.
Kemily é um dos casos mais tristes. Foi encontrada ainda filhote na Avenida Barão Homem de Melo. Isso aconteceu há pelo menos uns 10 anos. Ela nem se lembra mais de sua história. É uma das carinhas mais tristes que vimos ali. Não sabe o que é colo, o que é cama. Utiliza um saco de ração, pra não deitar no chão.
Ela não parece bem, talvez, em razão da idade. É o tipo de cadelinha que precisa ser resgatada e não adotada. Precisa de donos que entendam que ela precisará de cuidados médicos, de atenção e que talvez gere algumas despesas extras.
A pergunta que fica é: Será que existe alguém que adotaria uma cadelinha velha, prevendo alguns gastos extras? Que essa matéria chegue a um dos “filhos dos novos tempos”. Só um deles poderá mudar esse destino. E sabemos que eles estão por aí e não são poucos.
ATUALIZANDO: Kêmily adotada.
Rogerinho é este lobinho de orelhas pontudas, preto e amarelo. Ele tem uns 8 anos e foi abandonado porque… Nem D. Tereza se lembra do motivo.
Lilica é a parrudinha de rabinho enrolado. Foi encontrada ainda filhote, mas acabou crescendo ali. Já tem uns dois anos de vida.
ATUALIZANDO: Rogerinho e Lilica adotados.
Branquinho foi despejado por uma Kombi lotada de cães, lá pelos lados de Santa Luzia. Os animais saltaram desorientados e assustados, correndo por todo lado e se espalhando. Muitos foram atropelados, outros não foram encontrados.
Dona Tereza conseguiu resgatar o Branquinho e uma fêmea, já doada há algum tempo. Apesar de pequeno, ele é um ótimo cão de guarda. Defende o portão da casa com ferocidade. Apesar disso, mostrou-se dócil quando invadimos seu território (Acompanhados de Dona Tereza, é claro).
Lessie e Amiguinha são duas velhinhas de porte grande. Lessie foi encontrada ainda filhote e já está com uns 13 anos de vida. Para um cão de porte grande, ela não tem muito tempo.
No entanto, ao contrário do que se poderia esperar de uma história assim, ela parece feliz.
Dandara e Rainha são lobinhas de porte médio a grande. Dandara também foi encontrada há um ano, com coleira e guia. É possível que alguém, em algum lugar, a reconheça.
ATUALIZANDO: Dandara não está entre nós. Sucumbiu à tristeza. Rainha foi adotada.
Na foto ao meio, outro que precisará de cuidados médicos. O nome dele é Filhotinho. Ele tem uma otite crônica que não cede. A dor é tanta que ele não permite que ninguém encoste, o que dificulta e prejudica muito o tratamento. Talvez precise ficar internado pra iniciar e terminar o tratamento, sob a batuta de um bom médico veterinário.
Na terceira foto abaixo, Rubinho, um filhote de menos de um ano que já perdeu um dos olhos. Ninguém sabe o que o deixou assim. Ele foi jogado pelo portão da casa de D. Tereza, por uma dessas pessoas que não se acanham de despejar o problema do mundo nas costas dos outros.
Rubinho não está entre nós. Fomos informados de sua partida. Ele adoeceu e não teve forças pra lutar. Estava cansado demais pra continuar esperando por uma adoção que nunca chegou.
Suzi, outra Suzi, Duda e Efigênia. Cada uma com sua história. As Suzis não tiveram sorte. As pessoas desistiram delas. Duda foi comprada por R$ 5,00 de alguns mendigos que a estavam maltratando. Efigênia foi espancada quando estava prenhe. Perdeu os filhotes mas, apesar de tudo, ainda é uma lobinha feliz. Ela tem por volta de um ano de vida.
A coleção de pretinhos é grande, como em qualquer abrigo. Junto deles, um cãozinho amarelo com menos de um ano. Foi resgatado há uns 5 meses, com dermatite. Foi curado e hoje está ótimo, embora continue triste. Há algo em seu passado que ele não consegue esquecer. Talvez uma boa adoção possa curá-lo. Seu nome é Joca Federal.
A pretinha ao lado dele é a Glória Maria. Ela tem também um ano de vida e chegou filhote na casa de Dona Tereza.
Chilavert, Suzi e Franklin. São ótimos companheiros. O Franklin foi adotado enquanto preparávamos esta matéria.
Chilavert foi encontrado com menos de um ano de vida. Era um cãozinho alegre e muito bonzinho. Teria chances de adoção, mas em um abrigo lotado, onde poucas adoções acontecem, ninguém jamais olhou pra ele.
Hoje ele é um senhorzinho de 14 anos. A vida passou e ele perdeu o bonde. Na verdade, nós o jogamos pra fora do bonde. Ele é mais um que a sociedade humana achou que não servia.
Abaixo, nas fotos 2 e 5, Samuka, de 10 anos, e Manoelzinho, de 3 anos. Ambos chegaram filhotes na casa de dona Tereza.
Entre os marrons, Morena, Joaninha e Camilo, todos dóceis, porte médio e cheios de vida, ainda.
Na sequência abaixo, Suzi, Cosminho, Camilo, Indira e Cosminho de novo. Cosminho foi encontrado dentro de uma caixinha, com poucas semanas de vida. O tempo passou e ele já está há 6 anos na casa de dona Tereza. Indira foi resgatada com miíase em uma das patas. Chegou a perder dois dedos.
Piaba foi resgatada depois de ter sido agredida na cabeça com um machado. Chegou a ser enterrada logo após a agressão, porque o agressor achou que tivesse conseguido matá-la. Ela é um milagre vivo.
É possível que a vida tivesse algo especial pra ela, mas, por obra do acaso, acabou caindo ali, em um abrigo lotado, de onde dificilmente sairá. E nós seguiremos, solenemente, ignorando os sinais.
Apesar desse sorriso largo, esta da primeira foto é a Vitória, uma cadelinha com 17 anos de vida, se é que podemos chamar de vida. Ela não tem muito tempo, mas mesmo assim, precisava ter uma nova chance, nem que fosse pra morrer sabendo que não foi rejeitada até o fim.
Abaixo, Dandara, Duda, Endira e Lobinho.
E como em qualquer abrigo, lá estão eles: os filhotes. No dia em que tiramos as fotos, eram 4 com idades em torno dos 45 a 60 dias, e mais meia dúzia, com idades entre 3 e 4 meses.
Eles precisam de adoção, mas não adianta direcionar candidatos para a casa de D. Tereza. Os visitantes não têm como entrar e, na porta, ninguém consegue conversar.
Por isso, os pretendentes à adoção passarão pela entrevista inicial com um grupo de voluntários, pelos telefones abaixo indicados, e terão o cão escolhido entregue em sua casa. Eventualmente, uma visita poderá ser agendada, sempre em companhia de um dos voluntários.
Contatos para adoção de cães:
A DEFINIR
Para doações em dinheiro, os valores poderão ser depositados diretamente em conta de D. Tereza. Esta foi a forma mais transparente que encontramos.
Os primeiros valores arrecadados serão usados em uma campanha para vacinação de todos os cães e gatos, a fim de deixá-los prontos para adoção. Depois decidiremos, dentre tantas prioridades, uma órdem mais adequada. Tudo será informado aqui.
CAIXA ECONOMICA FEDERAL / AGÊNCIA – 1746 / CONTA POUPANÇA – 112087-6 / OPERAÇÃO 013
NOME FAVORECIDO: TEREZA CARLOS VIEIRA. CPF N. 763.578.306-82
Protetores de gatos são necessários para, pelo menos, retirar de lá os que estão doentes.
Os animais de D. Tereza têm exames de leishmaniose negativos (Alguns são positivos), são vacinados e quase todos são castrados.
Comentários / Mais informações sobre o anúncio devem ser obtidas com os anunciantes, no telefone ou e-mail indicados acima.