Quando estivemos pela primeira vez no “Campo de Concentração”, percebemos que o número de cães não era tão grande, porque as baixas eram constantes, principalmente entre filhotes. O ambiente era contaminado e os lobos quase que se criavam sozinhos, dividindo espaço com galinhas, pombos e ratazanas.
Um único filhote de 6 meses, chamado Zulu, era o único sobrevivente de sua ninhada.
Com 60 dias de vida, os Alfredinhos, únicos representantes de sua geração.
Entre os que ainda mamavam, presenciamos as mortes acontecendo de forma corriqueira.
Mas, 5 filhotes de 3 meses de vida eram a exceção. Como poderiam ter sobrevivido, naquelas condições?
Na verdade, eles estavam morrendo. Apenas demoraram um pouco mais, talvez porque a genética lhes favoreceu, herdando as melhores características do pai. Precisavam ser adotados pra que tivessem melhores chances.
Três deles foram adotados. Uma, chamada Ariel, não resistiu, e o último, chamado Francisco, que havia sido levado para a Cão Viver, foi adotado mas logo depois devolvido.
Ele era um dos filhotes que vimos avançando na ração quando estivemos lá pela primeira vez.
Francisco, o filhote macho preto e branco, foi transferido para a Cão Viver junto com Ariel e Melissa. Parecia que teriam boas chances.
A Melissa teve um ótimo final feliz. A Ariel foi a pequena que não resistiu a uma grave doença. Ela já estava vacinada e já havia ganhado peso, mas uma doença repentina veio forte demais para uma lobinha que ainda se recuperava.
O Francisto, depois de uma adoção ruim, foi devolvido para o abrigo, onde estava, literalmente, perdendo a juventude. Já não era mais o filhote de antes. Já estava com 6 meses de vida e crescendo muito rápido. Infelizmente, assim que perdesse a aparência de filhote, ele seria visto como cão adulto e suas chances de adoção se reduziriam muito.
Recebia os visitantes com brincadeiras e carinho. Depois de alguns afagos, ele corria para a porta do canil, como se chamasse: __Já tô pronto. Vamos pra casa?
Apesar do tamanho, ele ainda era filhote. Gostava de brincar e correr. Chegamos mesmo a fotografá-lo correndo e pulando, em um canil de pouco mais de 6 metros quadrados.
O que era dele estava guardado. Foi adotado, é claro. Foi morar em uma casa grande, em companhia de outras quatro meninas. Antes dele, o território era liderado por um macho alfa que lá reinou por 16 anos. Francisco agora é o dono do pedaço.
A adoção aconteceu apenas alguns dias antes do Natal de 2012. Já tivemos notícias da completa adaptação dele.
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