Meu nome é Francisca. Este nome significa “livre”, mas meus antigos tutores levaram muito a sério esse significado.
Ainda sou uma filhotona, não entendi até agora o que aconteceu comigo, mas vou contar para vocês conhecerem minha história.
Eu tive uma casa, confiei na minha família e acreditava que estaríamos juntos para sempre.
Eu estava muito feliz por lá, gastando minha energia correndo, brincando, mordendo tudo que encontrava pela frente.
Uma vizinha viu quando eles não gostaram da minha alegria e começaram a me deixar nas ruas para que eu fizesse bagunça por lá.
Daí, um dia, essa vizinha questionou a meus donos, pediu para me colocarem para adoção, mas eles não quiseram e voltaram a me colocar dentro de casa. Fiquei tão aliviada, achei que me amavam, mas, na primeira levadeza, me deixaram na rua novamente.
Eu chorei, pedi que me deixassem entrar, prometi que me comportaria, mas eles não quiseram me dar uma nova chance.
Eu não tinha experiência com as ruas. Fui desatenta, não vi um carro e fui atropelada. O carro passou em cima da minha pata traseira esquerda. Destruiu todos os meus ossinhos.
Mesmo com dor, eu corri para a porta da minha casa. Fiquei alegre quando um dos meus donos me colocou no carro e me levou numa clínica. Chegando lá, ele falou assim: “Eu já não queria ela. Agora, com a perna atropelada, quero fazer eutanásia”.
Nessa hora, eu me entreguei e me preparei para o pior. Minha sorte foi que o veterinário não aceitou fazer o procedimento e esse meu dono me colocou novamente na rua.
Daí, a vizinha me achou e, com a ajuda de algumas pessoas de coração bom, cuidou de mim. E eu aceitei aquela ajuda como última chance.
Passei por duas cirurgias, mas não conseguiram recuperar a patinha e ela foi amputada. Sabe o que isso mudou minha vida? NADA. Eu corro, brinco, pulo, danço e tudo mais.
Estou em um lar temporário e aqui tem pouco espaço, mas, mesmo assim, posso viver o significado do meu nome, e posso me sentir livre como nunca fui antes: livre com segurança.
Sou uma cadelinha feliz. É que na vida temos sempre dois caminhos: Viver lamentando pelas coisas ruins, ou seguir e fazer o melhor com o que nos for dado.
Preferi a segunda opção. Estava pronta pra começar de novo e ser a melhor companhia que alguém poderia ter. Estava determinada a ser feliz e fazer alguém muito feliz.
Estou saudável, vacinada, vermifugada, castrada e sou negativa para leishmaniose. Peso 13 quilos e tenho as pernas compridas, mas sou levinha e esbelta.
Eu era um pouco fujona. Afinal, eu achava que a rua era um lugar permitido. Por isso, uma das condições para a minha adoção era uma casa segura. Também não era muito de latir e poderia viver facilmente em um apartamento, desde que tivesse passeios regulares. Adoro outros cães ou gatos e amo brincar.
Mas agora, toda essa propaganda aí não faz mais sentido. Vou contar o meu final feliz. Estava eu curtindo a boa vida na casa da minha madrinha, quando o portão se abre e eis que surge um príncipe. Ele era candidato à minha adoção. Foi amor à primeira vista.
Hoje eu me chamo Gaya e o nome do meu príncipe é Halyson Félix. Valeu a todos que me ajudaram, mas agora é comigo. Tô pronta pra ser feliz para sempre.
Comentários / Mais informações sobre o anúncio devem ser obtidas com os anunciantes, no telefone ou e-mail indicados acima.