Juca é um gambá-de-orelha-branca, um pequeno marsupial (Espécie que carrega os filhotes em uma bolsa), e que vive em pequenas áreas de mata.
Com a destruição de parques e habitats maturais, alguns migram para as cidades, onde eventualmente são encontrados.
São onívoros, têm hábitos noturnos e, por isso, raramente são vistos.
E que pena que histórias assim ainda acontecem! Alguns animais diferentes, quando são encontrados nos terreiros das casas, são atacados por animais domésticos ou, o que é pior, são atacados pelos humanos, que, não se sabe porquê, acham que devem mata-los.
Não é possível imaginar as razões de tamanha estupidez. Estes animais são tímidos, não causam mal, não transmitem doenças e estão no mundo pra viver e evoluir, como qualquer terráqueo.
O Juca foi ferozmente atacado a paus e pedras, por algum ignorante que achou que precisaria matá-lo.
Porguntado porquê, não soube responder, muito embora saibamos que pra tal pergunta não há resposta racional.
Ele teve um olho arrancado e sofreu graves danos cerebrais, além de muitas e graves feridas pelo corpo.
Depois da agressão, alguém decidiu intervir e acabar com aquela insanidade, acionando alguém que pudesse ajudar o pequeno, que àquela altura, já estava machucado demais pra ir embora com as próprias pernas. Ele foi resgatado e levado para uma clínica veterinária especializada.
Foram meses de tratamento intensivo, com muito sofrimento. Por milagre, Juquinha conseguiu se recuperar, inclusive dos danos cerebrais.
Alguns furos nas orelhas, cicatrizes pelo corpo e um olho inutilizado ficariam como lembranças de um trágico encontro com a espécie mais destrutiva do Planeta.
Mas, apesar de tudo, ao final, Juca estava melhor e em condições de tentar uma nova vida, longe da cidade.
Foi solto em uma reserva, longe de tudo. Não sabemos se ele conseguirá sobreviver por muito tempo, mas definitivamente, ele merecia essa tentativa.
Assim que se viu em liberdade, ele cuidou de buscar abrigo em uma moita de bambus, construiu, ali mesmo, uma cama de folhas secas e se acomodou.
O menino tem hábitos noturnos. Dormirá o resto do dia, pra começar nova etapa assim que cair a noite, que é o ambiente onde ele se sente mais protegido.
Encontrará nos arredores um bom suprimento de frutas, poderá saquear alguns ninhos, mas o importante é que consiga encontrar seu lugar no mundo.
Outros de sua espécie estarão por ali. Quem sabe o sentido da vida se faz presente?
Que as pessoas entendam que animais não precisam ser mortos, que somos capazes de dividir o Planeta e que aqui tem lugar pra todos.
Vá ser feliz, Juquinha. Ficaremos na torcida.
ATENÇÃO: Se você encontrar um animal silvestre em perigo, entregue-o ao Ibama, à polícia ambiental ou a uma clínica veterinária parceira dos órgãos ambientais.
Juquinha foi salvo pelos amigos do Centro de Conservação da Fauna, um grupo voltado para a proteção de animais silvestres, vinculado ao Hospital Veterinário Animal Center, do médico veterinário Leonardo Maciel.
O grupo precisa muito de apoio de padrinhos e madrinhas para continuar ajudando animais como o Juquinha. Para quem se dispuser a ajudar, seguem os dados bancários e endereço.
Clínica Veterinária e Pet Shop Animal Center Ltda – ME – CNPJ 08.664.905/0001-78. Banco Itaú (341). Agência 3179-5 / Conta Corrente: 27.221-0.
Avenida Portugal, nº 3871, Bairro Itapuã, em Belo Horizonte, Fone: (31) 3492.9321.
Quem quiser conhecer mais sobre o CCF (Centro de Conservação da Fauna), acesse o site abaixo e veja quantos bichinhos eles ajudam.
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