Dessa vez doeu um pouco mais.
Em Janeiro, haviam 250 cães e 60 gatos. Hoje são aproximadamente 130 cães e 20 gatos, mesmo com as dezenas que continuaram chegando todos os meses.
Essa diferença deve-se à intensificação das adoções, à ação de alguns protetores que decidiram se dedicar àquelas vidas mas, infelizmente, deve-se também às muitas baixas.
Muitos sucumbiram pelo caminho. Os cães saudáveis até que resistem viver ali, mas aqueles mais debilitados, que precisam de atendimento especializado, se não forem salvos por protetores ou clínicas, não têm chances ali. O bloco cirúrgico da SMPA está interditado e a ONG não tem recursos para buscar ajuda externa. Não tem estrutura para internação, soroterapia e outros procedimentos necessários.
Apesar das perdas, talvez tivéssemos motivos pra comemorar. Muitos foram salvos. Muitos estão hoje felizes em suas novas casas. Ninguém sequer sabia que eles existiam, mas agora são mostrados e apresentados ao mundo.
Sempre que protetores se unem para um desafio assim, o foco precisa ser salvar o máximo que der, mas é impossível não sentir angústia por aqueles que ficaram pelo caminho. Nossa dívida com eles é grande e, se já tivessem o livre arbítrio, talvez preferissem não voltar. Seriam capazes de nos perdoar mas, mesmo assim, prefeririam manter distância de segurança, como se dissessem:
___Estão perdoados. Sejam felizes, mas eu prefiro não voltar agora. Vou esperar mais um pouco, dar um tempo maior pra vocês.
E quanto tempo será que ainda vamos precisar? O momento é agora. Precisamos aprender a recebê-los como merecem. A maioria dos que sucumbiram não chegou a ganhar sequer um nome. Morreram como “indigentes”. A palavra não é bem essa, mas é oportuna a comparação.
Claro que eles vão voltar e vão nos perdoar. Resta saber se merecemos esse perdão.
O fato é que o funil está se fechando. Antes haviam Poodles, Pinschers, Pastores, mesmo que misturados. Haviam cães que agradavam aos exigentes olhos humanos.
Mas agora, os 130 que sobraram não são os mais belos. Sobraram os vira-latas de pelo curto, porte médio, marrons ou pretos, salvo algumas poucas exceções que chegaram há pouco. E não sei mais o que fazer pra convencer as pessoas do quanto são especiais.
Quando visitamos a SMPA, não é só pra tirar fotos. Geralmente, deixamos o abrigo com 4 ou 5 cães, que passam por um período de preparação, com vacinas, exames e boa alimentação, para que possam ser depois doados. E não há momento mais difícil e mais cruel que o momento das escolhas.
E eles já perceberam isso e nos rodeiam, como crianças de comunidades carentes rodeando estranhos vestidos de vermelho na época do Natal. E há quem consiga ver alegria nisso.
Eles chegam a pedir claramente para serem escolhidos. Da última vez, escolheríamos 5 animais que seriam abrigados pela Lucinédia e preparados para a feira.
Mas prometi pra mim mesmo que não vou ignorar nenhum pedido de socorro, mesmo que seja apenas registrando o momento e trazendo a imagem para fora dos muros azuis.
Adoções especiais continuam acontecendo. Ainda há um desequilíbrio, mas pequeno. Todos os animais cegos que estavam na SMPA foram adotados. Dentre os mutilados, resta apenas o Tobi, que tem apenas duas pernas e meia.
E ele continua lá, hoje castrado e vacinado, pronto para adoção.
O Maurício está no canil dos idosos. Ele parece ranzinza num primeiro momento, mas está pronto pra se render a qualquer um que lhe dê afago. Aceitou minha amizade e o pouco carinho que lhe dei. Acho até que viria ao meu colo se eu tivesse tempo pra ele.
Ele até que tem todas as pernas, mas uma delas sofreu uma grave fratura e cicatrizou torta. Deve ter se curado sozinho, quando ainda vivia nas ruas. Não a apóia, mas poderia ter vida normal. Nem é tão repugnante quanto o Tobi. Ele não precisava estar escondido no canil superior.
Talvez até um ortopedista pudesse consertar aquele defeito. Mas o Maurício é um vira-lata médio, pelo curto e preto. Além disso, ele está no canil superior da SMPA. Ninguém sabe que ele existe.
Outra promessa que fiz a mim mesmo foi jamais deixar de passar pela enfermaria ou pelos canis superiores. Os que lá estiverem, nunca mais ficarão escondidos do mundo.
Junto com ele, alguns cães cegos de um olho. Eles enxergam bem do outro olho e teriam vida normal, se as pessoas não se sentissem enojadas de olhar para um cachorro com um olho esbranquiçado.
Este abaixo é o Bidu, o cão grande com nome de cachorrinho de colo. Cheguei a fotografá-lo em uma das matérias iniciais, no mês de Abril. Na época, ele ainda estava em um dos canis inferiores e parecia mais feliz.
Desta vez, ele estava no canil superior. Com o esvaziamento do abrigo, lá seria mais seguro pra ele. Já é idoso e não resistiria às brigas que vez ou outra acontecem entre os cães mais jovens.
É um cachorro de porte médio a grande e muito dócil. Chega a ser bobo. Quando recebe remédios no patê, ele segura com a boca, com toda a delicadeza, e fica esperando a médica soltar para comer, como se esperasse permissão para se manter vivo.
Encontramos o Bidu com as pernas raspadas, indicando que havia passado por soroterapia havia poucos dias. Ele esteve doente e não terá muito tempo de vida se continuar ali. Também nos pareceu muito triste.
Desmilinguida é uma cadelinha também cega de um olho, e também escondida nos canis superiores. Ela é pequena e seria ótima companhia para quem precisa de uma cachorrinha calma e tranquila. Não tem mais idade pra brincadeiras. Talvez já tenha se esquecido delas, ou nunca aprendeu.
Ela não está pronta para adoção. Precisa de resgate e tratamento.
Cisco é o companheiro da Desmilinguida. Tem o mesmo tamanho dela, mas parece um pouco menos doente.
O Alfredo eu fotografei em maio. Achei que alguém daria a ele o direito de viver em uma casa com jardins e um tapetinho na porta. Poderia ser até um pano ralo. Nem precisa aquecê-lo. É só mesmo pra ele sentir que tem onde descansar.
Infelizmente, ele continua lá. Desta vez, tentei registrar seu olhar. Ele parecia me perguntar se eu tinha uma surpresa pra ele.
Lena não está escondida, mas em mais alguns dias, é possível que seja também transferida para os canis superiores. Ela também é cega de um olho. As pessoas batem o olho nela e desviam o olhar. Preferem não notar.
Já ouvimos de tudo desde que iniciamos esse trabalho em prol dos animais da SMPA. Dizem que estamos enxugando gelo, apagando incêndio com conta-gotas, esmurrando ponta de faca e por aí vai. Mas vamos continuar, enquanto as portas estiverem abertas pra isso.
Eles não têm culpa. Aliás, estão ali por nossa culpa.
Juquinha também não está pronto para adoção. Precisa ser resgatado, sem tempo pra adoção. Talvez venha a morrer em poder de seu protetor, já que os pelos brancos na face indicam sua idade avançada.
Ele também parece ter esquecido as coisas boas da vida, se é que um dia ele as conheceu.
Mas a ala mais triste em qualquer abrigo de animais, é aquela em que ficam aqueles verdadeiramente rejeitados.
São os que sobram, os que ninguém quer. Vira-latas de pelo curto, porte médio e pretos. Normalmente, só são resgatados quando são atropelados ou estão em situação de risco extremo. Eles estão condenados a terminar seus dias ali, sem nunca saberem o que é ser um cãozinho de estimação.
Já não tenho mais argumentos. Quem os conhece, sabe o quanto são especiais. Melhor mostrar como eles recebem os convidados. Quem sabe assim as pessoas se convencem?
A maior parte chega pulando e lambendo as mãos que os afagam, como se tentassem mostrar seus atributos. São lobos especiais mendigando atenção, uma ração melhor, um canto qualquer fora da prisão.
E todos, sem exceção, mereciam estar fora dali. E já não esperam mais que eu entre no canil. Da grade mesmo eles já começam as manifestações explícitas de carinho e devoção.
E o que pode ser melhor que ser recebido assim?
Pretinha e Mel são mesmo cadelinhas especiais. Elas já são adultas, mas têm disposição de sobra para brincadeiras. Gostam de bolinhas e de petiscos. Claro que não levamos para dentro dos canis nada que possa provocar disputas. Lá eles não têm bolinhas, e nem disputam petiscos, mas não é exagero dizer que gostam.
O que falta para que gostem é só a oportunidade de experimentarem. Basta um chamego pra elas se tornarem as melhores amigas de quem quer que seja.
É triste vê-las ali e saber que talvez nunca venham a brincar com uma bolinha e nunca venham a experimentar uma beirada de pizza, caída propositadamente do prato dos donos.
O Beto é um cara muito insistente. Ele não pede carinho, mas reivindica. Na verdade, exige, com força, com saltos, com mordidas e o que mais puder usar. Só faltam as piruetas, se é que faltam.
É preciso explicar que ele usa os dentes, mas é incapaz de fechar as mandíbulas. É o tipo de lobinho que poderia ser usado como cuidador de recém-nascidos humanos. Estranhamente, ele não é preto.
Em outro canil, Pretinho e Tigrada. Eles chegam a se estapear pra disputar a atenção.
Mas nem tudo é festa. Roni é um dos poucos que escaparam do marrom ou preto. Suas manifestações não são muito explícitas, nem tão enfáticas. Mas ele aceita a aproximação e, quando percebe que a intenção da aproximação é buscar a amizade, ele se rende, sem nem mesmo pensar.
Piolho também está pronto pra se render, embora seja mais tímido. Não tem a energia da maioria e, talvez por isso, nunca será notado.
E a disputa entre Pretinho e Tigradinha continua. E eles serão capazes de me levar até o portão do canil, sem interromper a manifestação explícita de “quero colo”.
Lenita está também condenada a morrer no abrigo. É que ela não faz muita questão de agradar ninguém. Late para qualquer coisa que fuja de sua rotina, mesmo que seja uma câmera fotográfica, com o que todos eles já se acostumaram.
Mas nada que uma conversa mais mansa não lhe transforme.
É bom explicar que em um abrigo de animais, não existe cachorro bravo. Existe cachorro assustado, arredio, medroso. Existe cachorro que não confia em humanos, que não aprendeu que somos amigos.
E qualquer um deles traz na alma o desejo de se afeiçoar a alguém. Falta-lhes apenas a oportunidade.
E se cachorros pretos e marrons têm poucas chances, o que dizer dos pretos e marrons? E dos marrons de boca preta? Se, além da boca preta, ainda tiver uns pelos brancos no fuço, aí o bicho pega.
Já não tenho mais criatividade pra escolher tantos nomes. Pretinho e Pretinha serão como João e Maria. Afinal, com apenas dois nomes batizamos pelo menos uns 60 cães do abrigo.
Rubens é um cachorro branco de cara amarela. É um belo cão, mas continua lá, esquecido, no mesmo canil da Nanda, amarela de fuço branco.
Se não percorremos os fundos dos canis, terminamos não mostrando tudo o que tem pra ser mostrado. É que muitos deles não se dão ao trabalho de se apresentarem. Deitados estão, deitados continuarão. Talvez eles não queiram ser adotados. Muitos deles já tiveram donos e não guardam as melhores lembranças. Pra que insistir nisso?
Na verdade, não é bem assim. Eles são desconfiados. Temem a aproximação humana. Associaram nossa aproximação à dor. Nem é preciso entender de cachorro pra adivinhar que tipo de vida eles tiveram. Mas esta é uma situação inusitada e incompatível com a evolução dos lobos.
Eles podem ser conquistados. Têm boa índole e estão prontos para se deixarem conquistar.
Entre os Pretinhos e Pretinhas, estão também os leitosos. Hoje já são raros por lá, mas ainda encontramos alguns.
Filhotes e fêmeas amamentando também são frequentes. Dessa vez, encontramos duas fêmeas, ambas com filhotes de tamanhos diferentes, o que mostrava que elas amamentavam ninhadas diferentes.
Poucas situações nos angustiaram tanto. Às vezes, alguns casos se mostram urgentes e não podem esperar o tempo necessário para preparar uma matéria desse tamanho.
Por isso, no mesmo dia em que estivemos lá, soltamos um anúncio com o título “Mães da SMPA”: http://oloboalfa.com.br/maes-da-smpa/
Não era um anúncio de adoção, mas um pedido de socorro dirigido a protetores. Até onde sabemos, ninguém resgatou e agora, nem sabemos se ainda dá tempo de fazer alguma coisa.
Nem mesmo os crescidinhos costumam vingar, menos ainda filhotes tão jovens e disputando tetas com lobinhos maiores.
E haja pedido de socorro ao céu.
Que nome dar a essa coisinha preta?
Ela tem cara de Taís e assim será chamada. Não sei se é seqüela de algum atropelamento, mas o fato é que ela tem dificuldade motora. Anda usando as quatro patas, mas quando para, puxa as pernas de trás para a frente, como se tentasse posicioná-las em uma posição mais confortável ou menos doída.
Em terra de cego, quem tem um olho é rei. No meio de tanto cachorro comum, eis que surge um tipo bem diferente. Esta é a Jubinha, nome que ganhou por causa de sua juba aramada.
As patinhas brancas, combinando com a ponta da cauda, dão o toque que faltava.
Atrás dela, Antônio, um lobo orelhudo e discreto. Pensou que deixaríamos de falar em você, Tonico?
Duque é um cão grande e forte. Parece um Golden preto. Talvez tenha algo de Cocker, embora ele seja bem maior.
E se não ficou claro ainda, a SMPA está cheia de cãezinhos pretos, porte médio e pelo curto.
Pata Branca é outro que também costuma pular nas pessoas sem cerimônia. Eles pedem pra serem escolhidos.
Teotônio é um VL Terrier legítimo. E antes que alguém se interesse por ele por ser de raça, explicamos que VL é Vira-lata.
Eis aí um cachorrinho carente. Quase todos recebem os visitantes fazendo festa. Os que não se oferecem, só precisam de um sinal mínimo de empatia pra se renderem.
Mais um pedido contagiante que ninguém descobriu ainda. Sei que esta matéria ficará extensa e repetitiva, mas prometi a eles e a mim mesmo que não ignoraria mais nenhum pedido de socorro.
Não posso resgatar todos, mas posso impedir que sejam esquecidos, embora isso não dependa da minha vontade.
Com o tempo, a triste realidade já não chocará tanto e os animais da SMPA serão apenas mais alguns. É o que sentimos que já começa a acontecer.
Só pra não ficar sem nome, esta moça carente abaixo é a Shiva.
Mestiços de Cocker, sendo pretos, também sobram. Ele tem até uma pontinha da língua azul, um capricho da natureza pra mostrar o quanto ele é especial. Mas isso não o ajudou muito, pelo menos até agora. Dei ao garoto o nome de Max.
Os lobos das neves já são raros por lá, mas ainda é possível encontrar alguns. Matilde tem os olhos da cor de seu pelo.
O dia foi mesmo de pedidos de ajuda e manifestações explícitas de carinho. Não sei se já estão entendendo o que costumo fazer por ali ou se já me conhecem.
Acho que ela chegou há pouco na SMPA. Não me lembro de tê-la visto em outras ocasiões. Outro sinal de sua recém-chegada é a alegria. Ela tem uma alegria diferente, ingênua. Não sabe onde está, nem que poderá passar o resto da vida ali.
As disputas por atenção e afagos se repetem em todos os canis. Nem é um afago tão bom assim, já que, com uma das mãos ocupada com a máquina fotográfica, a qualidade do carinho fica comprometida. Mas eles têm tão pouco que qualquer coisa serve. A Aninha parecia agradecer. Esfregava a cabeça em minhas mãos, como se quisesse eternizar aquele momento.
Mesmo tendo que ficar de pé, em uma posição pra eles desconfortável, ainda assim tentava prolongar o momento.
Preciso explicar que já tentei me sentar pra ficar mais próximo e dar mais atenção, mas aí eles se amontoam em cima, me jogando no chão com equipamento e tudo.
Mas fica a dica pra quem quiser escolher um. Cheguem sem preconceito, escolham aleatoriamente um canil, entrem e sentem-se no chão. Permitam que as manifestações de carinho aconteçam. A relação de afeto de um dono com um animal adotado em um abrigo de animais é indescritível.
Este abaixo é o Bigode, nome que demos a ele na matéria do mês de abril. Era o companheiro do Barbicha. Como o Bigode é mais arredio e assustado e precisávamos escolher animais sociáveis para que levássemos às feiras, acabamos levando o Barbicha, que foi adotado algumas semanas depois.
O Bigode continuou lá. Continua com o mesmo olhar pidão e o mesmo medo de gente. Ele não é mais tão jovem e continua sendo preto, embora já esteja começando a branquear.
Não vamos desistir de você Bigode. Vamos anunciá-lo até que você seja adotado. Quem sabe da próxima vez que formos à SMPA você já estará mais sociável?
Este pretinho de cara amarela foi fotografado pela primeira vez em abril, oportunidade em que dei a ele o nome de Roni.
Em maio, ele continuava lá e foi novamente fotografado. Em conversa com funcionários do abrigo, descobri que ele havia sido adotado mas devolvido logo depois, por ter cavado alguns buracos no jardim da casa. Ele tem um pequeno defeito em uma das patinhas, sequela de um grave atropelamento, mas nada que o impeça de ter vida normal.
E pra fechar a matéria dos lobos, um olhar que reflete o desejo de todos eles. Kika será seu nome a partir de agora. Talvez Kiko.
Pra não esquecer os filhotes sem mães, eles também estão lá. Continuam morrendo à medida que chegam.
Desta vez, encontramos por lá o “orelha de coelho”, branco e amarelo, e um time inteiro de neguinhos. Nem podemos dizer que vão aumentar o time dos rejeitados, já que não viverão muito. Talvez nem estejam mais lá.
Mas, se não forem eles, outros filhotes estarão por lá. Tem gente que continua deixando filhotes ali achando que está ajudando. Não sabem e nem querem saber o que é um abrigo de animais.
Em janeiro, quando estivemos pela primeira vez na SMPA, tentamos mostrar a realidade dos gatos, esperando que algum protetor com experiência em gatos pudesse ajudar.
Depois disso, meu foco se voltou para os cães. Mesmo assim, eles vêm sendo ajudados, mas nem todos.
A Magela era cega de um olho, mas parecia ser uma gatinha saudável. Esta semana, a encontramos esquelética, deitada e sem muita disposição pra caminhar. Muitos tigres foram ajudados e ganharam uma nova chance. Dos 62 de Janeiro, restam lá pouco mais que 20. Não sei quantos morreram, quantos foram adotados ou resgatados, nem quantos chegaram depois.
O fato é que a Magelinha continua lá. Na primeira matéria, nem nome demos a ela. Nem sabemos se ainda dá tempo de fazer algo por ela, mas como não enxergamos obstáculos, eis aí mais uma tentativa. Talvez seja a última.
A Magelinha me fez prometer pra mim mesmo que, de agora em diante, sempre que tiver oportunidade, vou tentar mostrar pelo menos alguns deles em nossas matérias. O Frajolinha que aparecia com ela na matéria de Janeiro (foto acima) não está lá mais. Ele estava doente e não foi adotado. É certo que não sobreviveu.
Em um abrigo com tantos lobos afáveis, sofridos e tristes, os tigres, por serem menos oferecidos e enfáticos, ficam para segundo plano. E quando será que merecerão mais atenção?
O fato é que existem por lá gatos que mais parecem pinturas. Alguns mais afáveis, outros arredios e assustados. Mas estão lá, esquecidos, pedindo pra serem salvos. A grande maioria deles precisaria passar por uma socialização antes de serem disponibilizados para adoção.
Talvez, adotantes com disposição para ajudar sejam a solução.
Esta fêmea, que chamaremos de Faísca, precisa ser conquistada. Só de passar perto ela expõe os caninos de fera que nunca recebeu afagos.
Ela estava gorda e muito saudável, talvez prenhe. Nem sei se adianta anunciá-la, mas vai que aparece alguém que aceita o desafio.
A ONG está sempre aberta, de segunda a sábado, estando pronta para receber adotantes ou protetores que se disponham a ajudar de alguma forma.
Contato para adoção: (31) 3433.0900. (09:00 às 11:00 e de 13:30 às 16:00).
Rua Jaguariba, nº 66, Bairro Guarani, em Belo Horizonte.
Horários: de 2ªs a 6ªs, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30.
Sábados: das 9h às 12h.
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Pra quem chegou agora e quer se inteirar do assunto, seguem os links das primeiras matérias.
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